Sony Mobile vai reduzir seu quadro de funcionários em 50% até 2020

Competição do 5G e vendas fracas fazem com que a empresa retraia ainda mais o setor de smartphones
Redação29/04/2019 17h42, atualizada em 29/04/2019 18h40

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O fracasso da Sony Mobile não é novidade. Na semana passada, a empresa anunciou oficialmente sua saída do Oriente Médio, da América Central e do Sul. E agora, a japonesa está cortando metade de sua força de trabalho no setor de smartphones, que uma das mais severas recessões dos últimos anos. Os embarques mundiais devem cair pelo terceiro ano consecutivo em 2019, para cerca de 1,3 bilhão de unidades, segundo a empresa de pesquisas IDC.

A participação da Sony no mercado de smartphones caiu drasticamente nos últimos anos — de mais de 3% em 2010, segundo o portal de pesquisa Statistica — para menos de 1% atualmente. Ela tem lutado para competir com os líderes Apple, Samsung e Huawei — que, inclusive, já estão na corrida dos novos dispositivos 5G.

Dessa forma, a empresa tomou decisão de reduzir a sua força de trabalho no setor de mobile pela metade. O objetivo é diminuir de 4 mil para 2 mil funcionários até 2020. Essa medida faz parte de um plano para reduzir os custos fixos nesta divisão e vai afetar todos os mercados onde a companhia japonesa atua.

Alguns funcionários japoneses afetados pela decisão serão transferidos para outras divisões, mas a empresa oferecerá aposentadoria voluntária em suas operações na Europa e na China.

A Sony limitará as vendas de smartphones no sudeste da Ásia e passa a se concentrar na Europa e no leste asiático. Estima-se que número de unidades vendidas para o ano fiscal de 2018 chegue a 6,5 milhões de unidades, metade do ano anterior e apenas um sexto de cinco anos atrás.

No ano fiscal de 2014, a Sony cortou 1.000 funcionários de suas operações de smartphones, mas as vendas caíram mais rápido do que o esperado — o que pediu mais uma rodada de cortes.

A divisão Mobile da Sony gera receita anual de cerca de 500 bilhões de ienes (cerca de US$ 4,47 bilhões), mas deve registrar prejuízo operacional pelo terceiro ano consecutivo, incluindo o ano fiscal de 2019. Ao reduzir pela metade as despesas operacionais deste ano, a empresa espera que o negócio avolte a dar lucro no ano fiscal de 2020.

A Sony já se reestruturou antes, vendendo sua unidade de computadores pessoais e reduzindo custos em seus negócios de TV. Agora, sua divisão de smartphones continua sendo a única deficitária, enquanto suas área de games (Playstation) e fotografia (sensores) continuam a ser altamente lucrativas.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital