O Google atualizou ontem os números de seu Relatório de Transparência para incluir também os dados referentes ao primeiro semestre de 2016. Ao longo do período, o número de solicitações que a empresa recebeu de governos e cortes para revelar informações pessoais de seus usuários bateu um novo recorde.
Segundo os dados, nesse período a empresa recebeu 44.934 solicitações, que exigiam a revelação de dados de 76.713 usuários seus. Trata-se de um aumento de 10,46% com relação ao semestre anterior. Destas solicitações, em média 64% foram acatadas integral ou parcialmente.
A nação que mais exigiu revelação de dados de usuários do Google foi, de longe, os Estados Unidos. Ao todo, o país fez 14.168 solicitações à empresa, exigindo a exibição de dados de 30.123 usuários da empresa. Dessas, 79% acabaram com algum tipo de informação sendo revelada. No Brasil, foram 874 solicitações de dados de 2439 usuários, das quais apenas 59% foram atendidas de alguma maneira.
Sigilo
De acordo com Richard Salgado, o diretor de lei e segurança da informação da empresa, há um processo atencioso de apuração sempre que o Google é solicitado a revelar dados de seus usuários. A empresa garante que a solicitação segue os padrões das leis nacionais e de suas próprias políticas de privacidade – elas precisam, por exemplo, ser específicas com relação a quais dados querem saber, e o menos abrangentes possível.
Normalmente, segundo o TechCrunch, a tendência é que o número de solicitações desse tipo aumente, conforme o uso de dados desse tipo se torne mais comum em investigações. No Brasil, parece haver uma tendência oposta: no segundo semestre de 2009, foram feitas 3663 solicitações desse tipo, e desde então o número apenas diminuiu, com raras exceções, conforme mostra o gráfico abaixo: