Sociedade pode entrar em colapso total dentro de 20 e 40 anos, diz estudo

Físicos do Reino Unido e Chile acrescentam que, se a taxa de desmatamento continuar, todas as florestas desaparecerão em 100 a 200 anos; pesquisa aponta 90% de chance de um quadro irreversível
Fabiana Rolfini29/07/2020 13h09, atualizada em 29/07/2020 13h30

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O fim da humanidade, como conhecemos, pode estar mais próximo do que imaginamos. É o que indica pesquisa publicada na revista Scientific Reports, que modela o nosso futuro com base nas atuais taxas de desmatamento, consumo de recursos e crescimento populacional.

Mesmo as projeções mais otimistas do estudo apontam 90% de chance de um “colapso irreversível” em questão de décadas. Físicos do Instituto Alan Turing (Reino Unido) e da Universidade de Tarapacá (Chile) preveem que a sociedade como a conhecemos pode terminar dentro de 20 a 40 anos.

Embora a taxa global de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda existe uma perda líquida de área florestal em geral – e as árvores recém-plantadas não podem proteger o meio ambiente tão bem quanto as florestas antigas.

Reprodução

Desmatamento é um dos motivadores de possível colapso da sociedade. Foto: DragonImages

“Claramente, não é realista imaginar que a sociedade humana começará a ser afetada pelo desmatamento somente quando a última árvore for cortada”, afirmaram os especialistas. Eles acrescentam que, se a taxa de desmatamento continuar, “todas as florestas desaparecerão aproximadamente em 100 a 200 anos”.

Novo modelo de sociedade

Ainda de acordo com os físicos, o principal fator da atual trajetória para o colapso é que a humanidade privilegia o consumo dos recursos planetários impulsionado pela economia, sem a preocupação com todo o ecossistema.

Para evitar a catástrofe, os estudiosos sugerem que “talvez tenhamos de redefinir um modelo diferente de sociedade … que de alguma forma privilegie o interesse do ecossistema acima do interesse individual de seus componentes, mas eventualmente, de acordo com o interesse comum da comunidade. ”

Via: Futurism

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital