Smartphones intermediários ganham recursos premium e dominam o mercado

Filão cresceu 11,2% e já responde por 70% das vendas no País; recursos como inteligência artificial e mais memória estão entre os atrativos
Redação29/06/2019 00h04, atualizada em 29/06/2019 14h00

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O ano de 2018 no mundo da tecnologia ficou marcado pela desaceleração no mercado de smartphones, com retração de 4,1% nas vendas mundiais, o pior resultado registrado, como mostram os dados da consultoria IDC.  No primeiro trimestre de 2019, o mercado de smartphones no Brasil reforçou essa tendência de retração do setor, com queda no volume de vendas de 6,2% em unidades, segundo a consultoria GFK. Porém um filão do mercado celulares inteligentes no País continua forte: o de smartphones intermediários. O filão, que inclui os aparelhos entre R$ 700 à R$1.999 cresceu 11,2% em unidades, no primeiro trimestre do ano, quando comparado com o mesmo período de 2018, de acordo com os números da GFK. Com isso, esse filão abocanhou nada menos que 70% do mercado em volume de vendas!

Isso se deve ao fato de que os consumidores brasileiros, embora ainda sensíveis à questão do preço, já estão maduros para buscar um modelo que equilibre custo e performance. Ou seja, na grande maioria dos casos, eles não preferem os aparelhos mais baratos, ao contrário do que muitos imaginam, por conta das limitações de performance (grande parte já comprou um celular básico e, por conta das limitações que encontrou, busca agora um aparelho com melhores recursos). Porém, não está disposto a gastar valores exorbitantes, como R$ 5 mil ou R$ 6 mil, por um telefone, preços cobrados por alguns modelos considerados premium.

E um outro fator muito importante tem contribuído para concentração cada vez maior das vendas na faixa dos aparelhos considerados intermediários: a chegada a esta faixa de produto de recursos que eram vistos até então apenas em modelos topo de linha. Com isso, é possível desfrutar de funções muito interessantes sem ter que gastar tanto.

É o caso, por exemplo, da inteligência artificial, que já pode ser encontrada em modelos que custam menos de R$ 900. Com essa tecnologia é possível controlar vários recursos do celular apenas com o comando de voz, além de turbinar as fotos com itens como o reconhecimento de objetos para ajustes automáticos de contraste, brilho e nitidez, resultando em fotos melhores sem que o usuário precise aplicar filtros e outras correções manuais, entre outras melhorias.

Outros itens que podemos ressaltar melhorias estão na questão do tamanho de tela (cada vez maiores na faixa intermediária, superando 6 polegadas), capacidade de memória (já é possível encontrar modelos dessa categoria que custam R$ 1.300 e oferecem 128 GB de memória interna), câmeras com maior número de lentes e memória RAM também em alta (com modelos com mais de 6 GB) também no filão dos intermediários.

Isso mostra que a tendência de democratização da tecnologia nos smartphones, com modelos cada vez mais poderosos, por preços acessíveis, é cada mais forte. Afinal, todos queremos melhores recursos, mas sem ter que gastar uma fortuna em um celular.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital