Os sites que bloqueiam usuários do Chrome no modo navegação anônima não poderão mais fazê-lo em breve, de acordo com o 9to5Google. Nesse modo, nenhum registro local do histórico é armazenado, bem como os sites são impedidos de usar cookies para rastrear o usuário.
Acontece que grande parte da receita publicitária da web depende desses dados. Alguns sites, como o do Boston Globe e o MIT Technology Review, impedem o usuário de ler seus conteúdos se ele estiver usando esse modo.
A maioria dos sites faz isso com a interface de programação de aplicativos (API) “FileSystem”. Ela é desativada durante o uso do modo de navegação anônima, porque permite que arquivos permanentes sejam criados. No entanto, os commits mais recentes no código-fonte do Chromium foram vistos pela primeira vez pelo 9to5Google e mostram que o navegador logo levará os sites a acreditar que a API FileSystem está sempre operacional.
Quando os sites solicitarem o uso da API nesse modo, o Google Chrome criará um sistema virtual de arquivos na RAM. Ele será excluído no final da sessão anônima — e nenhum registro permanente será criado.
Essa solução alternativa pode ser apenas uma correção de curto prazo antes que a API FileSystem seja removida completamente. Documentos de design internos vistos pelo 9to5Google sugerem que esse pode ser o destino do recurso, caso não esteja havendo uso legítimo da opção.
A correção deve chegar em abril, como recurso opcional com o Chrome 74, acessível pelo menu “chrome://flags” dos recursos experimentais. Além disso, pode ser que venha ativada por padrão no Chrome 76.