Sindicato pede jornada de 30 horas para o setor de TI

Redação20/10/2016 14h23, atualizada em 20/10/2016 14h30

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Que tal trabalhar 30 horas por semana? Parece bom, certo? É exatamente isso que pode acontecer caso uma proposta do sindicato de trabalhadores de TI de São Paulo (Sindpd) seja aceita. A entidade ainda luta pelo reajuste salarial, pagamento de vale-alimentação e custeio integral de plano médico e odontológico pelas empresas.

A ideia é que a jornada reduzida possa ir de encontro ao cenário enfrentado pelos funcionários do setor que sofrem com altos níveis de estresse e pressão. Além de descansar, o sindicato espera que os profissionais tenham maior tempo livre para se dedicarem à qualificação, ao aperfeiçoamento e à atualização de conceitos utilizados no ambiente profissional.

“Os profissionais de TI possuem uma rotina voltada para computadores, programação de códigos, números e solução de problemas, o que configura um dia a dia intenso e estressante. Não sobra tempo para atividades de lazer ou até mesmo para investir em capacitação”, justifica o presidente do Sindpd, Antonio Neto.

Vale lembrar que a jornada dos trabalhadores de TI no estado já sofreu redução em 2011. Na época, uma proposta também encabeçada pelo Sindpb previa a redução de 44 horas para 40 horas semanais. Com a vitória, a categoria foi uma das primeiras do país a conseguir conquistar o direito.

Atualmente a jornada de 30 horas é prevista pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) apenas para digitadores.

Aumento salarial e benefícios

A Campanha Salarial 2017 irá defender, além do aumento real do salário acima da inflação – índice que ainda não foi fechado, dois outros pontos cruciais: o pagamento de vale-alimentação e o custeio integral pelas empresas de planos médico e odontológico para os funcionários.

Atualmente, segundo a CCT, as companhias devem pagar R$ 16,60 de vale-refeição (que geralmente é aceito em restaurantes) ou vale-alimentação (usado para compras em supermercados) por dia. A proposta pede pela manutenção do vale-refeição com aumento real e a inclusão do vale-alimentação. Dessa forma, os trabalhadores receberiam os dois benefícios e não teriam mais que optar por somente um deles.

Os planos médico e odontológico nos dias de hoje permitem que as empresas descontem até 70% do valor do trabalhador em regime de coparticipação. O sindicato luta para que a o benefício seja pago de forma integral pelas empresas, sem qualquer custo para o trabalhador.

Processo burocrático

Nesta fase, a pauta foi submetida para assembleias de trabalhadores na sede do sindicato e em 10 delegacias regionais do estado (Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba).

Só depois da apreciação por parte da categoria é que a proposta será enviada ao sindicato patronal para o início das negociações.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

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