Sindicato cogita greve de trabalhadores de TI no estado de SP

Renato Santino15/02/2017 22h44

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O sindicato que representa os trabalhadores de TI no estado de São Paulo (Sindpd) sinaliza com a possibilidade de greve da classe como parte da negociação salarial de 2017. Os trabalhadores buscam um aumento real de remuneração, mas as empresas, representadas pelo Seprosp, oferecem apenas a compensação da inflação do ano passado.

A última reunião entre as duas partes aconteceu nesta quarta-feira, 15, sem acordo, com um novo encontro marcado para a semana que vem, no dia 23. Se as negociações não avançarem, não está descartada a paralisação dos trabalhos.

O principal ponto de discordância é o valor e a forma do reajuste. Enquanto o Sindpd espera 8,29% de aumento, compostos de 6,29% de compensação da inflação e 2% de aumento real, os empresários propõem apenas a reposição da inflação dividida em duas partes, sendo 4,4% imediatos e 1,89% em novembro, com um abono de 5% em agosto.

Outras reivindicações incluem a redução da jornada de 40 horas semanais para 30 horas sem redução salarial, enquanto empresários defendem a manutenção da carga atual, e vale-refeição de R$ 20 por dia para jornadas maiores do que 6 h/dia e R$ 18 para jornadas menores, enquanto a oferta patronal é de R$ 17,50.

Confira a lista completa de solicitações e contrapropostas:

Principais demandas do Sindpd:

  • Reajuste salarial de 8,29% [IPCA de 2016 (6,29%) mais 2% de aumento real];
  • Redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem diminuição de salários;
  • Pagamento de vale-alimentação;
  • Vale-refeição de R$ 20 para jornada superior a 6h/dia e R$ 18 para até 6h/dia;
  • Pagamento integral de plano médico, hoje custeado em 70% pelos trabalhadores;
  • Auxílio-creche de 50% para crianças de até 72 meses;
  • Hora extra de 100% nas duas primeiras horas e 150% nas demais e finais de semana;
  • Licença-maternidade obrigatória de 180 dias;
  • Seguro de vida equivalente a 30 pisos salariais;
  • Garantia de reembolso de km para trabalhadores que usam os próprios veículos;
  • Pagamento de vale-cultura;
  • Custeio de bolsa de estudo para qualificação profissional.

O que propôs o Seprosp:

  • Reajuste salarial de 6,29% parcelado em duas vezes (4,4% agora e 1,89% em novembro), além de abono de 5% em agosto;
  • Vale-refeição de R$ 17,50;
  • Manutenção da jornada de trabalho em 40 horas semanais;
  • Redução da multa para empresas que atrasam salários;
  • Desobrigação de continuidade da PLR para empresas que já pagam o benefício;
  • Desconto do vale-refeição em caso de faltas ou ausências dos trabalhadores;
  • Rejeição a todas as demais propostas feitas pelo Sindpd.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital