Pela primeira vez na história, o faturamento total dos serviços de streaming de música superou o valor obtido com downloads digitais de faixas na internet. Os dados são da Recording Industry Association of America (RIIA) e alertam para o crescimento do serviço nos Estados Unidos.

De acordo com o relatório, empresas de streaming geraram US$ 2,4 bilhões em 2015 e agora contam com 34,3% de participação no mercado, contra US$ 2,3 bilhões gerados com a aquisição digital por download que corresponde a 34% do mercado. O restante é dividido entre as vendas físicas (US$ 1,9 bilhão e 28% de participação) e serviços de sincronização (US$ 203 milhões e 2,9% do mercado).

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A análise dos serviços de streaming também chama a atenção para as taxas de aumento do número de usuários que optam por planos pagos nos serviços, como a assinatura Premium do Spotify. De acordo com a pesquisa, o valor adquirido com assinaturas pagas subiu de US$ 639 milhões em 2013 para US$ 800 milhões em 2014. O faturamento de 2015 foi de US$ 1,2 bilhão.

CEO da RIAA, Cary Sherman afirma que a tendência aponta para crescimento no número de assinaturas pagas, que fecharam 2015 na casa das 11 milhões. “A quantidade de usuários será ainda maior em 2016 e deve superar a barreira dos 13 milhões ao final de dezembro”, prevê.

Indústria infeliz

Mesmo com os bons números apresentados, a indústria da música não se mostra feliz nos Estados Unidos. Sherman afirma que o lucro dos artistas não cresce no mesmo ritmo do faturamento das empresas de streaming, principalmente o Youtube.

A plataforma do Google foi utilizada como porque o executivo queria destacar o aumento da quantia ganha com publicidade nos vídeos musicais do portal. Em 2015, o valor arrecadado foi de US$ 385, cerca de US$ 90 bilhões a mais do que no ano anterior.

Em sua defesa, a empresa de tecnologia afirmou que já pagou mais de US$ 3 bilhões para a indústria da música. O valor é o semelhante ao depositado pelo Spotify.

Via The Verge