Finalmente, após sete anos, a disputa de patentes envolvendo Apple e Samsung, iniciada em 2011, chegou ao fim. Após novo julgamento realizado nos últimos quatro dias, foi determinado que a coreana deverá pagar US$ 538,6 milhões à rival por usar tecnologia patenteada.

O processo faz referência a aparelhos já bastante antigos; especificamente, são 16 aparelhos da Samsung, incluindo o top de linha Galaxy S2. Na época em que a briga ganhou notoriedade, a Samsung chegou a ser condenada a pagar US$ 1 bilhão, mas após uma série de novas análises pagou US$ 399 milhões pelo caso. O novo julgamento de agora determina que serão necessários mais US$ 140 milhões.

A Apple insistia que deveria receber US$ 1 bilhão pela infração de patentes. O valor era referente a todo o lucro que a Samsung fez com os aparelhos que utilizaram a tecnologia usada de forma indevida. No entanto, a Samsung queria reduzir a pena para US$ 28 milhões, referente apenas às partes do celular que se beneficiaram da tecnologia da Apple. No fim das contas, a punição ficou no meio do caminho entre o que as duas empresas desejavam.

Destes US$ 538,6 milhões, a maior parte é referente a três patentes de design detidas pela Apple e infringidas pela Samsung, referentes a US$ 533,3 milhões da multa total. Já o restante tem a ver com duas outras patentes de utilidades infringidas pela empresa coreana.

As três patentes de design da Apple descrevem três características físicas do iPhone. A primeira delas é uma parte frontal de um dispositivo eletrônico preto, retangular, com cantos arredondados; a segunda é similar, mas com a diferença de cobrir também as bordas ao redor do display. A última patente tem a ver com uma grande de ícones coloridos, que são a forma como os apps são apresentados no iOS. Já patentes de utilidades envolvem um efeito “elástico”, exibido quando um usuário tenta rolar uma página após chegar ao fim dela, e o “toque para ampliar”, que permite ampliar uma foto, documento ou página online em uma parte específica.