Apesar de ter chegado ao Brasil apenas neste ano, o Galaxy Fold está no mercado desde o ano passado. Seu preço alto, custando cerca de US$ 2.000 no exterior e R$ 13 mil no Brasil, afasta muitos clientes, mas ao que tudo indica, a Samsung quer que isso se mantenha assim. A empresa teria rejeitado pedido de revendedores para vender o aparelho por um preço mais em conta.
De acordo com a publicação sul-coreana JoongAng News, operadoras consultaram a Samsung para tentar diminuir o custo do dispositivo de 2,4 milhões de wons coreanos (equivalente a R$ 8.640) para 2 milhões de wons (cerca de R$ 7.200). A companhia, no entanto, não permitiu a redução no preço.
A solicitação veio com o fato de que a Samsung está prestes a anunciar novos smartphones na próxima semana, o que inclui o Galaxy Z Flip, que traz um novo conceito de aparelhos de tela dobrável para a linha de celulares da empresa. O modelo segue uma estética similar à do Motorola Razr, que se dobra como um celular de flip da década de 2000, mas quando aberto conta com uma tela grande de alta resolução sensível ao toque, como um smartphone dos tempos mais recentes. Na visão das operadoras, o lançamento pode afetar as vendas do Fold se o preço se mantiver nos patamares atuais.
No entanto, a Samsung pretende manter o Fold como um aparelho “premium”, destinado a um público pequeno e de elite. Segundo a publicação, a preocupação da empresa é de que a redução no preço afete negativamente a imagem do dispositivo como um equipamento top de linha.
Também não se sabe até o momento qual espectro do mercado o Galaxy Z Flip atacará, então é possível que a Samsung não o veja como um sucessor do Fold. A queda de preço pode acontecer só quando a sul-coreana anunciar o Fold 2, especulado para ser lançado em algum momento de 2020.
Nada impede que a Samsung mude de ideia em breve, apesar da posição firme neste instante. Por enquanto, as negociações com as operadoras estão emperradas e não há previsão de queda de preço do Galaxy Fold.