Samsung revela os detalhes do Galaxy Z Fold 2; saiba do que o aparelho é capaz

Smartphone com tela dobrável tem uma tela externa maior, uma dobradiça renovada e novos recursos para fazer uso do formato; nos EUA, Z Fold 2 será vendido por US$ 1.999
Renato Santino31/08/2020 19h03, atualizada em 01/09/2020 14h20

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Durante o evento de apresentação do Galaxy Note 20, a Samsung também deu uma breve demonstração do Galaxy Z Fold 2, a atualização do seu primeiro smartphone de tela dobrável. Agora, nesta terça-feira (1), a empresa revelou mais informações e especificações completas do dispositivo. O novo dobrável da gigante coreana tem lançamento previsto para dia 18 de setembro e vai custar, nos Estados Unidos, US$ 1.999 (cerca de R$ 11 mil); o preço para o mercado brasileiro ainda não foi divulgado.

A tela continua sendo a parte mais importante do Fold, e a Samsung fez questão de solucionar a principal queixa com a primeira geração do dispositivo. A tela externa, que era pequena e passava uma impressão estranha, agora ocupa uma das metades do exterior, tornando-a mais próxima de um smartphone convencional. Se a primeira versão tinha um painel de apenas 4,6 polegadas, a versão 2020 tem uma tela de 6,2 polegadas. O display interno também passou por uma leve ampliação, de 7,3 polegadas para 7,6 polegadas.

As telas também tiveram sua resolução levemente ampliadas na comparação com o aparelho do ano passado. O painel externo continua dentro da escala HD+, mas agora é de 2260×816, enquanto o display interno concentra ainda mais pixels, superando o patamar Quad-HD+: 2208×1768.

Ao abrir o aparelho, também é possível notar diferenças importantes na tela principal. Em vez de um corte enorme no canto superior direito para abrigar câmeras, a Samsung adotou o visual Infinity-O, que tem um pequeno furo no display para receber a câmera de selfie. A mudança também veio acompanhada de uma redução no número de câmeras do dispositivo, que caiu de seis para cinco, já que agora a parte interna do Fold tem apenas um sensor para selfie.

Na prática, o novo Fold tem cinco câmeras: três na traseira, com sensores de 12 MP (ultra-wide), 12 MP (wide) e 64 MP (teleobjetiva), uma lente para selfies com o dispositivo fechado de 10 MP e outra para selfies com o aparelho aberto, também de 10 MP.

Essas características habilitam alguns dos recursos importantes do Fold. O dispositivo pode ser dobrado em um ângulo de 90 graus que permite algumas formas de uso inviáveis ou pouco práticas em smartphones convencionais. Por exemplo, a Samsung destaca a capacidade de colocar o celular no “Flex Mode”, que consiste em deixá-lo dobrado em um ângulo de cerca de 90 graus sobre uma mesa. O sistema é capaz de se adaptar a esse formato e uma das aplicações é a possibilidade de ver vídeo ocupando apenas uma das metades da tela.

Outra função importante do Flex Mode está na gravação de vídeos, permitindo um modo de utilização sem uso das mãos. Quando o aparelho está neste modo, já que está sem supervisão, ele pode utilizar a tecnologia de inteligência artificial da Samsung para rastrear o movimento do personagem em cena para reenquadrar a imagem e impedir que a pessoa saia da cena. O aparelho em si não é capaz de se mexer, então há um limite para esse recurso, obviamente, que depende da pessoa estar no ângulo de visão das lentes.

Outro modo de câmera que só é possível graças à abundância de telas do Fold é o que a empresa chama de Dual Preview. Na prática, tanto o fotógrafo quanto a pessoa fotografada podem ver a prévia da foto, cada um em uma tela diferente, o que permite posar de uma forma mais eficiente.

A Samsung também melhorou a criticada dobradiça do primeiro Fold, com um sistema que permite reduzir o vão entre as duas metades do aparelho quando elas estão dobradas e permitem que o dispositivo seja aberto totalmente em um ângulo de 180 graus. O novo mecanismo também vem com um sistema que visa impedir a entrada de poeira e outros tipos de detritos sob o display pela dobradiça, que foi um ponto que fez com que a primeira versão precisasse ter seu lançamento atrasado após as primeiras unidades serem danificadas nas mãos de jornalistas e analistas.

Reprodução

Em usabilidade, a Samsung se vale da tela grande do Fold para viabilizar o uso simultâneo de até três aplicativos lado a lado, com o usuário definindo a configuração preferida, com uma divisão vertical ou horizontal do display. Também é possível rodar o mesmo aplicativo em duas janelas distintas. Alguns dos aplicativos otimizados para o formato também poderão utilizar recurso de drag&drop para arrastar conteúdo de uma janela para outra, ou capturar a tela específica de um app e transferir para o outro.

Por dentro, o Fold não faz feio. A Samsung basicamente replica as configurações de seu celular mais poderoso, o Galaxy Note 20. O smartphone virá com processador Snapdragon 865+, que é o que a Qualdcomm tem de melhor no momento, utilizando também 12 GB de memória RAM. Com isso, o aparelho terá suporte ao 5G, tanto nas bandas sub-6 quanto as ondas milimétricas. Serão duas baterias presentes, com capacidade combinada de 4.365 mAh, o que é um pouco menor do que o primeiro Fold, mas com carregamento rápido de 25W. Por fim, o dispositivo chegará às lojas com até 512 GB de armazenamento.

O aparelho será comercializado em duas cores distintas: bronze e azul, mas com possibilidade de personalização das cores da dobradiça do Fold nas cores prata, vermelho, azul e dourado.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital