A marca de smartphones que sofreu mais com versões clonadas de dispositivos em 2017 foi a Samsung. Dados divulgados pela Antutu, empresa responsável por uma ferramenta de benchmark, mostrou que fabricantes da China gostam muito de lançar aparelhos idênticos aos da linha Galaxy.

A distância da Samsung para a segunda colocada da lista é bem grande. Enquanto os dados analisados pela Antutu indicam que 36,23% dos dispositivos clonados em 2017 tinham os Galaxy como referência, apenas 7,72% queriam ser um iPhone, e 4,75% um smartphone da Xiaomi.

O modelo mais clonado do ano passado foi o Samsung Galaxy S7 Edge em sua versão europeia, seguido pelo mesmo aparelho no modelo chinês. O Galaxy S7 europeu aparece em terceiro, enquanto o Samsung W2016 com flip é o quarto e o iPhone 7 Plus fecha o top 5.

O que faz os aparelhos da Samsung serem vítimas de clonagem é a popularidade deles ao redor do mundo – na China, a empresa não está em entre as cinco maiores fabricantes. Os aparelhos clonados são voltados para mercados onde a Samsung é dominante, como partes da Europa que recebem os Galaxy falsos.

A popularidade dos Galaxy entre fabricantes de clones na China é tão grande que às vezes essas empresas lançam dispositivos antes mesmo da Samsung. O Galaxy S9+, por exemplo, já recebeu um clone antes do anúncio oficial marcado para a Mobile World Congress que ocorre no final de fevereiro em Barcelona.

Clones de smartphones representam diversos riscos que vão além de questões éticas envolvidas na aquisição de um aparelho que viola patentes de outras empresas. Muitas vezes esses aparelhos têm problemas de segurança e ameaçam inclusive a privacidade dos seus usuários.