Samsung deve faturar US$ 110 com cada unidade vendida do iPhone X

Renato Santino02/10/2017 21h19

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A Apple não será a única vencedora se o iPhone X for um sucesso. A empresa precisará dividir uma boa parte de seu lucro com a Samsung, que poderá faturar alto graças à parceria entre as duas para o desenvolvimento de peças para o verdadeiro iPhone top de linha deste ano.

Segundo a consultoria Counterpoint, em estudo publicado pelo Wall Street Journal, a Samsung pode faturar com as peças feitas para o iPhone X US$ 4 bilhões a mais do que com os componentes produzidos para o Galaxy S8. A projeção leva em conta os 20 meses que sucederem o lançamento do aparelho da Apple, previsto para 3 de novembro em vários países.

A projeção para 2018 aponta que mais de um terço do faturamento da Samsung com peças de smartphones deverá vir de iPhones, deixando para trás os aparelhos da própria coreana.

A estimativa da pesquisa é que a cada iPhone X vendido gere US$ 110 aos cofres da Samsung, o que é aproximadamente 10% do preço de mercado do smartphone. Isso se deve principalmente às telas OLED usadas pela Apple em seu smartphone top de linha, em vez do LCD do iPhone 8 e todos os outros modelos de anos anteriores.

O OLED é uma tecnologia razoavelmente nova, e poucas empresas possuem a capacidade técnica para manter uma linha de produção da escala que um celular como o iPhone X precisa. Por isso, a Samsung é a única fornecedora de telas contratada pela Apple para a produção do celular, o que dá à coreana muita vantagem na hora da negociação.

Além da tela, a Apple também utilizará chips de memória da Samsung, o que ajuda a aumentar o faturamento da coreana com cada iPhone X vendido. O peso destes chips, no entanto, é bem menor no faturamento por celular distribuído do que a tela

A Apple está ciente do problema de depender de sua maior concorrente e faz um esforço para que mais fornecedoras se apresentem para a função de produzir telas OLED, incluindo empresas como Sharp e Japan Display, mas isso só deve dar frutos a partir de 2019.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital