Ignorando os avisos da Samsung, muitos consumidores ainda continuam usando o Galaxy Note 7. A empresa não quer que isso aconteça, então começou a recorrer a métodos alternativos, como impedir que estes telefones se conectem a redes de telefonia celular. É o que vai acontecer na Nova Zelândia no dia 18 de novembro.
A medida transforma na prática o celular em um tijolo, incapaz de se conectar à internet móvel (ainda é possível usar Wi-Fi), receber chamadas e enviar mensagens SMS. É uma forma agressiva de incentivar (ou forçar, se preferir) o consumidor a realizar o retorno do aparelho. A empresa promete contatar os usuários para informar a situação, dando o tempo necessário para que eles façam a troca com tranquilidade.
Ainda não se sabe se a empresa planeja tomar estas medidas drásticas em outros países, mas a empresa também não descarta a alternativa. Quando questionada sobre as chances de isso acontecer nos Estados Unidos, a Samsung manteve as opções em aberto. “Consideramos muitas opções para garantir que todos os dispositivos Note 7 restantes nas mãos dos consumidores sejam retornados da forma mais suave possível”, disse um representante ao Mashable.
Fato é que esta não é a primeira decisão da Samsung para tentar forçar a devolução destes aparelhos. Quando foi anunciado o primeiro recall, a empresa decidiu impedir que os celulares fossem recarregados a níveis acima de 80% ou 60%, dependendo da região por meio de uma atualização de software obrigatória.
Para os neozelandeses que ainda assim se mantiverem firmes na decisão de não devolver o celular, sobram poucas alternativas, uma vez que nem mesmo sair do país com o celular é possível, já que todas as empresas aéreas baniram o transporte do aparelho em suas aeronaves, podendo acarretar em multa ou até mesmo prisão. Sobram as opções de usar o Note 7 como um tablet, que só se conecta ao Wi-Fi, como uma câmera, porque o celular realmente cumpre bem esta função, ou como player de música e vídeos.