A Samsung trabalha para tornar a frente de seus celulares totalmente única — sem bordas ou recortes de câmera. A agência de notícias Yonhap conta que o vice-presidente da empresa no grupo de pesquisa e desenvolvimento, Yang Byung-duk, diz que “embora não seja possível fabricar um smartphone em tela cheia nos próximos 2 anos, a tecnologia pode avançar para o ponto em que o orifício da câmera ficará invisível, sem afetar sua função”.

A fabricante sul-coreana anunciou seu mais recente carro-chefe, o Galaxy S10, há menos de um mês. Ele é o primeiro telefone da empresa a ter um “furo” na tela para a câmera selfie. Yang chama o Infinity-O da linha S10 de “marco”, mas sugere que a Samsung poderia tê-lo colocado sob o display. Isso eliminaria a necessidade de recortes ou pop-up.

Em outubro do ano passado, a Samsung disse que trabalhava em quatro tecnologias inter-relacionadas para maximizar o tamanho das telas: scanners de impressão digital e sensores de câmera sob o painel, tecnologias de exibição com interface tátil e alto-falantes “in-display” (semelhante à tela OLED vibrante do LG G8).

Apesar da ambição, é cada vez mais raro para a maior concorrente da Apple ser a primeira a comercializar novas tecnologias. Vários fabricantes chineses incluíram sensores de impressão digital na tela antes de o recurso chegar ao Galaxy S10.

O Honor’s View 20 foi o primeiro a exibir uma tela com apenas uma perfuração (embora, como observa Yang, o S10 tenha sido o primeiro do tipo com painel OLED). A Vivo e outras marcas da China também produziram dispositivos com tela cheia que movem as câmeras para trás (e adicionam uma tela traseira) ao adotar designs deslizantes ou criar mecanismos pop-up — que escondem a câmera dentro do telefone.

Yang não deu detalhes sobre quando o telefone “com tela cheia perfeita” da Samsung estará pronto — exceto para dar certeza da impossibilidade de isso acontecer nos próximos 2 anos.