A Samsung revelou nesta terça-feira (11) a nova geração da família Galaxy S, saltando do Galaxy S10 do ano passado para o S20 neste ano. Seguindo a proposta do ano passado, a empresa anunciou três celulares, atendendo múltiplas faixas de preço: Galaxy S20, S20 Plus e S20 Ultra.
Os dispositivos contam com bastante em comum. Todos os aparelhos contam com tela OLED HDR+ e suporte a taxa de atualização de 120 Hz, que deve fazer as animações no painel parecerem mais fluídas. A Samsung implementou uma opção no sistema, no qual o usuário pode alternar a tela entre 60 Hz e 120 Hz, e alerta que o recurso pode causar uma queda na duração da bateria de cerca de 10%.
Os dois mais simples são o Galaxy S20 e S20 Plus, que possuem muito em comum. Os dois aparelhos utilizam um chipset Snapdragon 865, 12 GB de memória RAM, com 128 GB de armazenamento interno e capacidade para expansão por cartão microSD. Eles também têm muito em comum em relação a câmeras: nos dois casos, o sensor principal tem 12 megapixels, uma lente teleobjetiva, com sensor de 64 MP e uma lente ultra-wide com sensor de 12 MP. A diferença é que o modelo Plus conta com um sensor ToF para reconhecimento de profundidade.
Claro, a principal diferença entre os dois aparelhos está no tamanho de tela. Enquanto o S20 básico conta com um painel de 6,2 polegadas, o S20 Plus tem um display consideravelmente maior, com 6,7 polegadas. O tamanho extra também proporciona uma bateria com capacidade ampliada, com 4.000 mAh no smartphone menor e 4.500 mAh no aparelho maior.
O destaque da empresa, no entanto, se chamado Galaxy S20 Ultra. O celular conta com o mesmo processador de seus irmãos menores, mas conta com uma opção de 16 GB de memória RAM, tornando-se o primeiro smartphone no mercado a oferecer essa capacidade.
O Ultra conta com tela de 6,9 polegadas com a mesma resolução de 3200×1440, mas conta com uma configuração de câmera única. Se o sensor ultra-wide é o mesmo, com 12 megapixels e abertura f/2.2, o resto é diferente. A lente grande angular conta com uma abertura f/1.8 equipada com sensor de nada menos do que 108 megapixels. Enquanto isso, o sensor da lente teleobjetiva tem “apenas” 48 MP, o que é menos do que a contagem de pixels dos outros dois dispositivos, mas isso não significa muita coisa. O sistema de zoom do aparelho pode chegar a até 100 vezes, segundo a Samsung, mas é necessário testar para entender o quão pesada será a perda de qualidade em um zoom tão alto.
A Samsung “pegou emprestado” uma tecnologia introduzida nos celulares da Huawei para alcançar um zoom tão aproximado. A empresa incluiu um sistema de câmera periscópio, que dá mais espaço entre as lentes, proporcionando um zoom mais próximo. Na prática, em vez de colocar uma lente em cima da outra, como faz uma câmera normal, a Samsung coloca as lentes lado a lado, de forma perpendicular ao corpo do smartphone, com um prisma que redireciona a luz para o sensor.
Como você pode notar, a contagem de pixels das câmeras é bem alta. Estamos falando de sensores de 48, 64 e 108 megapixels. No passado, quando esse número era muito alto, era normalmente uma tática de marketing visando atrair o público desavisado. Agora, porém, esses pixels têm uma função clara: permitir que as imagens sejam cortadas e reajustadas livremente sem perda perceptível de qualidade.
Todos os aparelhos são capazes de gravar vídeo de até 8K. A Samsung promove o recurso junto com a capacidade de conectividade 5G, presente em todos os aparelhos, imaginando uma situação em que alguém poderia utilizar o celular para gravar um vídeo em 8K e enviá-lo imediatamente para o YouTube em poucos minutos. Obviamente, isso não funcionará no Brasil por enquanto, já que as redes 5G ainda não estão comercialmente disponíveis.
Em relação a estética, os dispositivos seguem o formato Infinity-O, com um furo no centro na parte superior da tela para abrigar a câmera frontal, como uma solução para a tela que cobre praticamente 100% da frente do celular. Os aparelhos também deixam de lado a entrada de fones de ouvido, marcando a primeira vez que a linha Galaxy S abandonam o componente que já havia sido descartado por outras fabricantes.
Os aparelhos da linha S20 ainda não têm preço definido no Brasil, mas os valores para os Estados Unidos já foram revelados. Os celulares custarão entre US$ 1.000 pela versão mais básica do S20 e US$ 1.600, custo do S20 Ultra mais caro. Eles começam a ser vendidos nos EUA no dia 6 de março.