Saiba quais são os produtos mais desejados da Black Friday

Levantamento indica que, surpreendentemente, as roupas e calçados são os mais cobiçados pelos consumidores, seguido pelos smartphones
Luiz Nogueira27/11/2020 15h32, atualizada em 27/11/2020 16h00

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Nesta sexta-feira (27) acontece a tão esperada Black Friday, período famoso pelos grandes descontos e pela correria para adquirir alguns produtos. No entanto, este ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, a situação está um pouco diferente, principalmente em relação à lotação das lojas. Mesmo assim, a intenção de compra dos consumidores parece não ter sido muito alterada se compararmos com o ano passado.

Isso porque, de acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), os smartphones estão entre os itens mais desejados pelos brasileiros no período de compras da Black Friday. O levantamento feito ouviu consumidores das 27 capitais brasileiras. O perfil considerado foi o de homens e mulheres de todas as classes sociais com idade igual ou superior a 18 anos.

O estudo apontou que, ao contrário do que se pensava, os produtos que as pessoas mais desejam comprar na Black Friday são roupas e calçados, que representam, respectivamente, 41,8% e 30,9% das intenções de aquisição. Os smartphones vêm em seguida, com 22,3%. Há ainda os eletrodomésticos (22,1%) e eletrônicos (20,2%).

Reprodução

Ranking de produtos que devem ser os mais procurados nessa Black Friday. Foto: Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas/Reprodução

Ainda de acordo com a pesquisa, os consumidores têm a intenção de comprar mais em lojas online do que físicas – 83,2% disseram que preferem o consumo por sites e aplicativos de varejistas nacionais. Além disso, as pessoas ouvidas planejam comprar até três produtos, gastando, em média, R$ 918.

Dos entrevistados, 35,3% comentou que esse gasto só será possível graças às economias feitas durante o ano. Considerando outra variante, 41,9% dos consumidores afirmam que utilizarão o auxílio emergencial pago pelo governo para realizar as compras.

Por fim, a forma de pagamento preferida pelos usuários deve ser o dinheiro, pelo menos em 44,8% dos casos. 46,8% comenta que vai parcelar as compras do período no cartão de crédito – com uma média de seis parcelas.

Reclamações

O serviço de atendimento online ao consumidor Reclame Aqui registrou 4.850 reclamações de compradores desde o início da Black Friday 2020. O evento de grandes ofertas de varejo ocorre anualmente na última sexta-feira de novembro, com o monitoramento da entidade para este ano começando ao meio dia de quarta-feira (25), até as 6h desta sexta-feira (27).

Segundo o Reclame Aqui, a madrugada de hoje foi tranquila, apesar do aumento de 45% nos relatos negativos de consumidores em relação ao mesmo período em 2019. A plataforma tem registrado, por hora, 115 reclamações em 2020. Neste ano, porém, os consumidores aproveitariam outros horários para compras, como a tarde de quinta-feira (26), em vez de aguardar pela sexta-feira, especificamente.

“O monitoramento feito pelo Reclame Aqui durante as primeiras horas de Black Friday mostra que os consumidores estão se programando para comprar na data. A promoção está sendo menos uma oportunidade de comprar o produto dos sonhos e mais uma data para a qual as pessoas se programam para comprar produtos que precisam”, diz trecho do texto publicado na plataforma.

Foram listadas as lojas que encabeçam o ranking de reclamações, figurando nomes bem conhecidos na lista: o marketplace das Lojas Americanas, a varejista online Kabum e a Magazine Luiza ficaram, respectivamente, em primeiro, segundo e terceiro lugares. Casas Bahia (4º) e Submarino (5º) vêm em seguida, com nomes como Renner (7º), Riachuelo (9º) e Mercado Livre (10º) também dando as caras.

Rankings das lojas com maiores reclamações da Black Friday de 2020 trazem nomes bastante conhecidos pelo público, segundo levantamento do Reclame Aqui. Imagem: Reclame Aqui/Divulgação

Os cinco problemas mais relatados foram: propaganda enganosa (28,17%), produtos não recebidos (9,89%), dificuldades na finalização de compra (8,54%), valores divergentes entre promoção e aquisição (7,25%) e indisponibilidade de produtos anunciados (4,97%).

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital