iPhone de 2020 deve ter sensor ‘ToF’ de profundidade 3D

Segundo rumores, sensores 'Time of Flight Camera' são usados para medir profundidade das cenas, gerando mapas 3D que podem melhorar a experiência com realidade aumentada
Redação30/07/2019 13h53, atualizada em 30/07/2019 14h21

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Ainda faltam alguns meses para o lançamentos dos novos iPhones de 2019, mas especulações sobre os modelos do ano que vem já começaram. Ming-Chi Kuo, confiável analista de mercado especializado na Apple, afirmou em seu último relatório que dois dos celulares da Apple de 2020 terão um sensor de profundidade 3D chamado ‘Time of Flight Camera’ (ToF).

Supostamente a Apple quer utilizar os sensores nos iPhones de 2020 para permitir uma melhor experiência com realidade aumentada, já que o ToF permitiria o rastreamento preciso de profundidade em uma cena. O que nos faz acreditar mais ainda na veracidade desse rumor é que o analista não foi o primeiro a falar sobre o sensor. A Bloomberg reportou em janeiro que relatos de um sistema de câmera 3D para o iPhone existem desde 2017.

Inclusive a Sony, que fornece sensores de imagem para uma ampla variedade de smartphones, como o iPhone, anunciou no início deste ano que planejava aumentar a produção de sensores ToF baseados em laser neste verão, o que seria o momento ideal para inclusão em um iPhone 2020.

A tecnologia não é uma novidade no mundo dos smartphones: muitas fabricantes possuem sensores ToF em seus aparelhos Android, porém devido ao poder da Apple com câmeras e ao impacto que isto pode ter na indústria, vale a pena entender como o sensor funciona.

O que é ToF?
ToF é uma sigla em inglês para “time of flight”, que significa “tempo de voo”. Este é um termo abrangente para um tipo de tecnologia que mede o tempo que leva para algo (seja luz, laser, líquido ou gás) percorrer uma determinada distância e retornar. Com isso é possível detectar precisamente a distância entre o sensor e um objeto.

No caso específico das câmeras, um laser de infravermelho envia um pulso, que é refletido pelos objetos à frente e volta ao sensor. A tecnologia, então, calcula quanto tempo levou para o laser viajar até o objeto e voltar e, assim, consegue saber onde estão os objetos em uma sala, podendo criar um mapa 3D detalhado do local.

Portanto, o nome “tempo de voo” deriva da capacidade do sensor de calcular o tempo de ida e volta de um pulso do laser.

Como isso é diferente do Face ID?
Face ID (e outros sistemas similares) usa um projetor IR para projetar uma grade de milhares de pontos sobre um objeto (como o rosto do usuário). O aparelho faz uma imagem em 2D da cena, e usa a posição dos pontos como referência para calcular um mapa de profundidade.

A principal diferença é que o Face ID só funciona em curtas distâncias, e há uma carga de processamento envolvida na conversão da imagem em 2D para um mapa em 3D. Enquanto isso, os lasers do ToF obtêm dados de profundidade 3D em tempo real e funcionam a qualquer distância.

Quem mais usa o ToF em seus smartphones?

Vários fabricantes de smartphones Android já usam sensores ToF, entre eles a LG e a Huawei. o LG G8 usa um sensor de tempo de voo na câmera frontal para detectar gestos usados para controlar o aparelho e melhorar fotos no modo retrato. Já o P30 Pro da Huawei também possui um sensor ToF como parte de sua câmera traseira, que é usada para mapas de profundidade em efeitos de retrato. A Huawei também afirmou no momento do lançamento ter algumas ambições para funções de realidade aumentada.

 Fonte: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital