Dados recolhidos por roteadores podem no futuro ajudar a polícia a solucionar crimes. De acordo com especialistas, além de fornecer internet sem fio, os aparelhos são uma mina de ouro em termos de dados. “Estes dispositivos podem conter uma grande quantidade de informações, mas não estamos usando-as”, explica Dan Blackman, consultor técnico da polícia da Austrália.
A capacidade dos roteadores de registrar informações de dispositivos móveis, como as tentativas bem sucedidas e fracassadas de se conectar a uma rede, além dos endereços MAC, que funcionam como um identificador exclusivo do dispositivo, oferecendo informações como a marca e o modelo do celular, podem ajudar a provar a culpa ou inocência de um réu. “Pensando em uma perspectiva puramente legal, os roteadores podem ser capazes de comprovar que uma pessoa específica esteve em um local específico, em um momento específico. Isso é ouro em termos de evidências”, explica Blackman.
Obstáculos
Apesar da possibilidade, ainda é preciso superar alguns obstáculos para a utilização de um roteador como “caixa preta” de casos criminais. Em primeiro lugar, deve-se levar em conta que a capacidade de armazenamento das informações ainda é pequena. Mesmo os modelos mais recentes possuem limitações neste sentido, podendo gravar, no máximo, 8 horas de atividades.
Trazer o dispositivo até a sede da polícia também pode trazer complicações. “Ao desligar o dispositivo Wi-Fi, perdemos um pedaço de um monte de dados, o que provoca problemas com apreensão”, diz Blackman. Nesses casos, a solução pode ser garantir o transporte em condições que não causem a interrupção do funcionamento do roteador.
A solução pode envolver a modificação de um Faraday unidades transportadoras fechado-saco que bloqueiam a conectividade às redes de celular, Wi-Fi e Bluetooth-para acomodar cabos de alimentação ou réguas de energia USB.
Blackman defende que o alcance do WiFi em áreas públicas, além da modernização dos dispositivos, pode aumentar o potencial da tecnologia para o uso policial.
Via DailyMail