Robô do Google aprende a limpar o chão e realizar tarefas domésticas

Renato Santino15/01/2016 19h46

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Os pesquisadores da IHMC (Instituto para Cognição Humana e de Máquina) resolveram dar uma nova utilidade ao robô ATLAS criado pela Boston Dynamics, comprada pelo Google e que hoje é parte da Alphabet. Desenvolvido com dinheiro do governo dos Estados Unidos, o robô foi reprogramado para varrer o chão e fazer tarefas do laboratório.

Uma das novidades aplicadas pelo IHMC no robô do Google foi permitir que o robô possa andar mantendo as mãos à frente do seu corpo, o que dá a oportunidade de completar tarefas como varrer o chão.

John Carff, operadorador do robô no instituto, explica que o uso do robô para este tipo de tarefa não é indício de um possível lançamento de um robô-mordomo, mas sim uma nova forma de testar os algoritmos do ATLAS. O robô precisa ser operado constantemente para garantir que as atualizações de software não façam nenhum estrago na máquina, e repetir os mesmos testes todas as vezes fica cansativo. Assim, os pesquisadores encontraram um jeito mais interessante de fazer a avaliação.

Apesar de tudo, o robô ainda não é totalmente autônomo, o que significa que ele depende de comandos humanos para funcionar. No entanto, Carff explica o processo não é totalmente manual, como se ele estivesse comandando o robô com um joystick. “Eu falo para o robô por meio da interface que eu quero pegar uma garrafa de cima da mesa clicando nesta garrafa e garantindo que a mão está no lugar correto. Em seguida, o robô avisa como ele vai mover seu corpo inteiro por meio de uma prévia na interface. Se eu estiver de acordo com o plano do robô, eu falo para que ele faça o movimento. No futuro, muito do que foi feito no vídeo deve ir para o lado autônomo, mas eu sempre imagino o envolvimento de um humano”, conta em entrevista ao IEEE Spectrum.

O vídeo abaixo mostra que o ATLAS se saiu muito bem nas tarefas, ainda que de forma lenta e gradual (o vídeo está acelerado em VINTE vezes). Carff conta que não foram necessárias mais do que algumas tentativas para cada uma das tarefas, e, quando eles tiveram que refazer algo, normalmente foi culpa da pessoa no controle. O único grande problema foi quando o robô ligou o aspirador pela primeira vez e queimou um fusível no prédio, que desativou todos os equipamentos e câmeras, forçando os responsáveis a refazer tudo.

Via IEEE Spectrum

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital