A Boston Dynamics, empresa de robótica que já pertenceu ao Google e hoje é parte da gigante japonesa Softbank, não cansa de surpreender com seus robôs. Depois de chamar a atenção do mundo com a máquina humanoide Atlas e sua capacidade de fazer Parkour, agora a empresa revelou uma nova capacidade para o robô-cachorro SpotMini: a dança.
O SpotMini deve ser o primeiro robô comercial da Boston Dynamics. Sua função principal não deve ser dançar, e sim oferecer suporte em trabalho de inspeção em indústrias, auxílio em atividades de segurança e até mesmo em pesquisa. Isso não impede que a empresa use a dança como forma de demonstrar a fluidez de movimento do seu robô.
No vídeo, SpotMini dança ao som de “Uptown Funk”, música de Mark Ronson e Bruno Mars. Chamam a atenção dois momentos específicos: quando o robô faz o passo do “running man”, movendo as pernas sem sair do lugar, e quando ele faz o “twerk”, rebolando a parte traseira.
A questão importante a ser observada sobre os robôs da Boston Dynamics é que, apesar de seus vídeos de divulgação serem absolutamente impressionantes, eles não refletem a realidade da tecnologia da empresa. Marc Raibert, fundador da companhia, afirmou recentemente que os vídeos mostram só o melhor comportamento das máquinas; o que eles não mostram são todas as tentativas que não deram certo. No caso do robô fazendo Parkour, foram pelo menos 20 tentativas frustradas.
“Em nossos vídeos, nós mostramos o melhor comportamento dos nossos robôs. Não é o comportamento médio ou típico. Nós achamos que é um alvo aspiracional para o que robôs podem fazer”, explicou Raibert à Wired. A explicação é importante, porque a empresa frequentemente recebe críticas em relação aos seus vídeos por dar poucos detalhes em relação à sua tecnologia. O conteúdo dá a entender que as máquinas se movem de forma completamente autônoma utilizando inteligência artificial, mas não é assim: normalmente os robôs estão sendo controlados remotamente ou seguindo uma rotina cuidadosamente planejada de passos.
“Neste momento, a tecnologia de robótica avançou muito, mas ainda não está onde gostaríamos que estivesse. Nosso trabalho é continuar expandindo os limites, mas também descobrir os melhores usos para a tecnologia que já temos”, completa Raibert.