A Hanson Robotics é uma empresa com 13 anos de existência com um único objetivo: criar robôs androides. Ou seja, robôs com feições que se aproximem de um humano normal. A empresa aproveitou o evento SXSW para mostrar os seus últimos avanços, e apresentou a androide Sophia.

O destaque do robô são as suas expressões faciais, que realmente são bastante parecidas com o que se vê no rosto de uma pessoa. Ela usa uma pele artificial chamada Frubber, que é à base de silício, com 62 arquiteturas faciais e no pescoço. As câmeras nos olhos permitem que ela seja capaz de reconhecer rostos e manter contato visual.

Ela não é apenas um rostinho, já que também é capaz de participar de conversas graças a um software de reconhecimento de voz, com uma inteligência artificial que simula personalidade, que a empresa chama de “Character Engine AI”.

O grande problema, no entanto, é o “uncanny valley”, expressão que representa a sensação de estranhamento que as pessoas têm ao ver rostos artificiais (seja no mundo real, seja modelados em softwares, como em animações ou filmes 3D). A explicação é que, enquanto a tecnologia era fraca, as representações de rostos artificiais estavam muito longe das faces humanas verdadeiras. Quanto mais a tecnologia avança, mais a face artificial se aproxima da realidade, causando maior sensação de desconforto.

Esta questão atrapalha um pouco o projeto da Hanson Robotics. A equipe acredita que as pessoas podem criar conexões emocionais mais fortes com um robô com expressões que se aproximam das humanas. A ideia é que estes androides possam ser usados na área de saúde, terapia, educação e atendimento a consumidores.