Review: JBL E65 é bom? Testamos o headphone com cancelamento de ruído

Redação24/09/2018 21h22, atualizada em 25/09/2018 00h00

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Fones de ouvido com cancelamento de ruído, ou ANC (Active Noise Cancelling, cancelamento de ruído ativo), são o sonho de consumo de muitos usuários que não conseguem se acostumar ao barulho de aviões durante voos muito longos, do trânsito de grandes cidades ou o de vizinhos barulhentos.

A tecnologia vem se popularizando com o passar do tempo e, consequentemente, ficando mais barata. Hoje, já é possível encontrar fones com cancelamento de ruído que não custam o mesmo que um computador. É o caso do E65 BTNC, headphone da JBL que, além de conexão Bluetooth, vem com o tão desejado ANC.

No site oficial da JBL, é possível encontrar o modelo custando menos de R$ 800. No varejo, dá para pagar menos de R$ 700 por um desses. Mas será que ele vale a pena? O custo-benefício é bem equilibrado? Confira nos parágrafos abaixo o que nós achamos do JBL E65BTNC após algumas semanas de uso.

Para leigos: é bom ou não?

Se você não é especialista em headphones, aí vai uma resposta curta: o JBL E65 é bom, sim. Poucos headphones conseguem combinar som de qualidade, resistência, bateria e cancelamento de ruído eficiente num pacote tão acessível quanto este produto.

O fone de ouvido, em si, é bem resistente. Ele só não é muito “elástico”, é do tipo que aperta um pouco na hora de se adaptar a alguns formatos de cabeça e orelha. Se você não está acostumado com fones grandes, ou se você usa óculos, talvez sofra um pouco até se acostumar.

Por outro lado, você pode jogar este fone na mochila ou na mala de viagem sem problemas que ele não vai quebrar com facilidade, mesmo sem um estojo especial. O som é bom e alto o bastante para que você consiga ouvir cada detalhe da sua música sem ter problemas de audição, e com o ANC ligado, a experiência é ainda melhor.

O único problema é que as conchas não são muito bem “vedadas”. Se você ouvir música muito alto, é possível que o som vaze um pouco e outras pessoas ao seu redor consigam escutar. Além disso, barulhos externos também podem vazar para dentro da concha algumas vezes, prejudicando um pouco o cancelamento de ruído.

Mas nada que chegue a estragar a experiência. O JBL E65 oferece um cancelamento de ruído muito bom, digno de headphones bem mais caros. Não é perfeito, porque a tecnologia ainda não é, então você ainda vai conseguir ouvir uma ou outra coisa com este fone na orelha. Mas é bem melhor do que outros da mesma faixa de preço.

Se você está em busca de um headphone com cancelamento de ruído, mas não quer gastar muito num modelo top de linha, o JBL E65 é para você. Embora não seja o fone mais barato do mundo, ele é bem melhor do que as outras opções desta mesma faixa de preço e não deixa a desejar em quase nada.

Para nerds: uma olhada mais de perto

O JBL E65 possui um driver de 40 milímetros com sensibilidade de 95 decibéis. O chip Bluetooth é da versão 4.1 com frequência de transmissão de 2,402 a 2,48 GHz. Com isso o recurso wireless consegue alcançar dispositivos num raio de até 10 metros, desde que não haja interferências.

Design e som

O headphone é do tipo over-ear, também chamado de “supra-auricular”. Isto significa que ele cobre a orelha inteira do usuário para oferecer uma experiência mais fechada. É claro que a eficácia desse design vai depender do seu formato de cabeça e de orelha, que pode mudar muito de uma pessoa para outra.

Mas é preciso admitir que o JBL E65 não é dos fones mais confortáveis. Além de não ser lá muito leve – são quase 270 gramas -, quem usa óculos vai sofrer porque a pressão das conchas é bem maior que o normal. A haste não é tão flexível, o que só aumenta a pressão em toda a cabeça do usuário.

Outra característica em que se vê a economia da JBL é na qualidade do som. Não me leve a mal, ele é ótimo para músicas, séries e filmes, tanto no Bluetooth quanto usando o cabo destacável com conector de 3,5 milímetros que vem na caixa. A impedância é de 32 Ohms. Mas não é dos mais “encorpados”, digamos assim.

O E65 não pesa muito a mão no grave, do tipo que faz a batida da música dar uma sensação de “tremor”. Também não é dos mais precisos na reprodução de sons bem específicos. Com o cancelamento de ruído ligado, o som tende a ficar um pouco mais abafado do que o normal, o que é comum em headphones com essa tecnologia.

Reprodução

Mas para a maioria dos usuários, nada disso vai prejudicar a experiência. O E65 é um fone que tenta agradar a todos e, por isso, aposta num som mais limpo que destaca bem os instrumentos e os vocais separadamente. Tudo isso enquanto garante uma boa imersão em filmes e alguns jogos. Não é perfeito, mas é extremamente competente para um produto desta faixa de preço.

ANC

O que nos leva ao cancelamento de ruído. O E65 tem, de longe, o melhor ANC da categoria entre produtos custando abaixo de R$ 800. O concorrente mais próximo é o WH-C700N, da Sony, que é extremente inferior, não proporciona a mesma experiência de qualidade de som e nem de isolamento acústico.

Por conta do design “justo” – para não dizer “apertado”, mesmo -, o JBL E65 já consegue isolar bem o som por conta própria. Com o ANC, o ruído mais excedente pode ser facilmente ignorado. O sistema não é perfeito, um ou outro barulho mais agudo e mais próximo vai acabar vazando, mas ele funciona muito bem para ocultar o som do trânsito ou da turbina de um avião durante o voo.

O recurso é especialmente útil quando o headphone está tocando alguma coisa. No modo passivo, só com o ANC ligado sem tocar música, ele também funciona bem e, ao contrário de outros modelos, não fica desligando sozinho por falta de uma conexão Bluetooth. Quem quiser colocar só para dormir melhor, não deve se decepcionar.

O problema é que o ANC deste headphone é muito “delicado”. Por conta do design, que é o ponto mais baixo num produto quase sem defeitos, vez ou outra o som pode vazar para dentro ou para fora. Se você ouvir música alta demais, pessoas ao seu redor poderão ouvir também. Em alguns casos, o barulho exterior também pode entrar e prejudicar a sensação de isolamento.

Isto acontece algumas vezes até você encontrar a posição perfeita. É um pouco incômodo, mas nada que faça você se arrepender de ter comprado o produto. Tudo depende também da anatomia de cada usuário. Dependendo do formato da sua cabeça e da sua orelha, talvez não passe por nenhum destes problemas.

Reprodução

Recursos extras e bateria

Outro ponto em que a JBL economizou foi nos recursos de software e hardware. O produto não tem suporte do aplicativo My JBL Headphones, de modo que você não pode customizar configurações de áudio pelo celular. Ele não possui estojo para transporte, embora ele possa ser facilmente dobrado para encaixar melhor na mochila ou na mala de viagem. Ele também não tem botões para aumentar ou diminuir a intensidade do cancelamento de ruído, por exemplo.

Os botões, aliás, são muito pouco intuitivos. Eles têm um ligeiro relevo que permite uma noção tátil de onde você está tocando, mas os ícones não são universalmente reconhecíveis. Vai levar um tempo até você decorar qual deles aumenta o volume, qual pausa e qual desliga o ANC.

Isso gera um problema chato especialmente na hora de passar de uma música para a outra. O mesmo botão que aumenta o volume serve para saltar para a próxima faixa; e o que abaixa o volume também volta uma faixa. Para pular a música você precisa manter o botão de volume pressionado por 3 segundos. É quase uma eternidade se você está acostumado a produtos de resposta instantânea.

Por outro lado, ele possui um sistema inteligente que não interrompe a sua música quando você liga ou quando desliga o ANC. O cancelamento de ruído também funciona quando você usa o cabo de 1,2 metro forrado em tecido para conectar o dispositivo a um computador ou celular pela porta de 3,5 milímetros – um acessório que salva vidas.

Completa o pacote uma bateria de 610 mAh que leva pouco menos de 2 horas para ser recarregada de 0% a 100%. A JBL garante que o E65 aguenta 15 horas longe da tomada com o ANC ligado, e 24 horas com o recurso desligado. Usando-o naturalmente, como meu fone de ouvido do dia a dia – cerca de duas horas por dia com Bluetooth e ANC ligado -, o E65 durou quase um mês sem precisar ir para a tomada. Resumindo: a bateria aguenta o dia a dia. E, quando ela acabar, você sempre pode colocar o conector de 3,5 milímetros e usar o fone com fios.

Reprodução

Conclusão

O JBL E65 é um headphone de ótimo custo-benefício. Ele é um dos mais baratos com cancelamento de ruído e é melhor do que qualquer outro modelo na faixa de preço dos R$ 700. O som é muito bom, a bateria é competente, mas o design, embora seja resistente, poderia ser mais confortável.

Se você está em busca de um headphone com cancelamento de ruído, mas não quer gastar muito num modelo top de linha, o JBL E65 é para você.

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Colaboração para o Olhar Digital

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