A família Moto G é a linha de smartphones intermediários e de entrada da Motorola. Hoje vamos ver o review do Moto G7 Play (versãoXT1952-2), que é o modelo de entrada e com o preço sugerido de R$ 999.
Motorola Moto G7 Play: design a acabamento
A empresa não mexeu muito no desenho quando comparado com a versão anterior da linha G. A traseira continua com a boa ergonomia, com as bordas curvas e a lente da câmera traseira continua dentro do já conhecido círculo de plástico. Esse modelo não acompanha uma capinha plástica como o modelo de entrada da versão anterior.
Para quem prefere um smartphone pequeno, vai gostar do Moto G7 Play: são 147.3 x 71.5 x 8 mm (A x L x P) com peso de 149 gramas. O tamanho da tela é de 5,7 polegadas. O acabamento é feito de plástico, na cor azul escuro e com textura micro porosa, que achei bem interessante para não escorregar da mão. Ainda na parte traseira está o sensor de impressões digitais que, aliás, funciona muito bem.
Vale dizer que o Moto G7 Play traz o polêmico notch, ou entalhe, na parte de cima da tela, que oferece mais espaço nas bordas superior esquerda e direita para ver as notificações (nível de bateria, rede móvel, Wi-Fi, alarme, etc.).
Motorola Moto G7 Play: tela
A tela de 5,7 polegadas tem resolução HD+ (ou plus), que é de 1512 x 720 pixels. Estes pontos a mais (o plus) somente existem por causa do entalhe na tela, portanto, não é que tenha uma definição mais alta do que HD, mas somente que tem mais alguns pixels.
De qualquer forma, a tecnologia de construção é a LCD IPS, já bem madura no mercado e funciona bem para enxergar tudo com conforto. Se for assistir a filmes, é só lembrar que a tela é pequena e se o filme tiver resolução maior do que HD, as imagens serão exibidas somente neste formato, que é a resolução máxima da tela do Moto G7 Play.
Motorola Moto G7 Play: desempenho e especificações
O processador utilizado é o Snapdragon 632, octa-core de 1,8 GHz, e a GPU (processador gráfico) é a Adreno 506, ambos da Qualcomm. A memória RAM é de 2 GB e o armazenamento interno é de 32 GB. Há um slot para expandir o armazenamento até mais 256 GB por meio de um cartão micro SD. O Moto G7 Play aceita até 2 chips de telefonia 4G e podem ser instalados em conjunto com o cartão micro SD. E o sistema instalado de fábrica é o Android 9.
Aqui vale analisar cada componente. A CPU Snapdragon 632 é um chip intermediário da Qualcomm. Mas esse chip saiu tão bem “azeitado” do projeto, que consegue gerenciar muito bem os dados que troca com a memória, o que oferece agilidade para as aplicações. O problema aqui fica somente por conta da memória RAM. Com o peso cada vez maior dos apps, ter apenas 2 GB acaba fazendo com que os aplicativos demorem um pouco mais do que o normal para serem carregados.
E o mesmo acontece quando vamos alternar entre aplicações. Não é nada desesperador, mas é fato que ficam um pouco mais lerdos para carregar. E apps que precisam de dados para atualizar, como o Maps ou Waze, por exemplo, são afetados por isso. Nos testes, a experiência de uso desses apps foi satisfatória, mas é fato que acontecem algumas “emperradas” de vez em quando. Nada grave, o uso é perfeitamente normal, mas é preciso avisar que isso acontece.
Quanto ao armazenamento interno, a ressalva é: se vc curte baixar muitos apps, compre um cartão micro SD. O Android 9 faz um bom gerenciamento de espaço, avisando e sugerindo para gravar fotos na nuvem, por exemplo. Mas, mesmo assim, 32 GB pode ser pouco, já que o próprio sistema ocupa espaço e, portanto, restam cerca de 26 GB para o usuário.
Tirando a demora de carregar os apps e alternar entre aplicações mais pesadas, o desempenho geral do Moto G7 Play foi bastante satisfatório. Diria que é um desempenho ok e bastante “utilizável”, sem deixar a gente irritado.
Usei muitos apps do cotidiano: Instagram, Facebook, Twitter, Maps, Waze, Uber, Cabify, Google Drive, Google fotos, Gmail e tiveram desempenho decente. Jogos também, como o Bullet Force, que demorou para carregar, mas durante as partidas não houve lags.
O sensor biométrico leu com precisão as impressões digitais (cadastrei mais de uma pessoa) e liberava o telefone rapidamente.
Motorola Moto G7 Play: recursos Moto
Sim, este é o nome que a Motorola deu a recursos únicos de alguns de seus aparelhos. Ele está cada vez mais presente em smartphones intermediários e de entrada da marca e acho isso muito bem vindo porque é como se fosse um “bônus”, que concorrentes não tem. Acionar a lanterna sacudindo o Moto G7 Play duas vezes para cima e para baixo é um deles. Para apagar, basta repetir o movimento.
Acionar a câmera girando o punho duas vezes, mesmo com o telefone bloqueado, também é algo bem legal, principalmente para não perder o momento do registro de uma cena. E repetir o mesmo movimento faz acionar a câmera frontal. Pegar o telefone para silenciar uma chamada e coloca-la automaticamente no modo vibrar é outro recurso bacana para nos tirar rapidamente do constrangimento quando estamos em meio a uma reunião, por exemplo. Ok, concorrentes também tem algumas dessas funções, mas não para aciona-las com simples movimentos do celular. Isso é um diferencial para os smartphones da Motorola.
Motorola Moto G7 Play: câmeras
Sinceramente eu pensei que as câmeras desse smartphone iriam decepcionar. A Motorola costuma acertar nas câmeras de telefones top de linha, como o Moto Z3, por exemplo. Mas, felizmente, tive uma boa surpresa com o Moto G7 Play.
A câmera traseira tem um sensor de 13 MP e abertura de f/2.0. A câmera de selfie tem 8 MP e abertura de f/2.2. A abertura informa que essas câmeras podem conseguir boas fotos em ambientes pouco iluminados, mas deixar só essa explicação seria muito leviano. Quando verifiquei que as fotos estavam saindo com qualidade muito boa, tratei de verificar o sensor. Apesar de pequeno, ele usa tecnologia PDAF, ou, foco por detecção de fase.
Não vou entrar em detalhes, mas esse tipo de sensor é muito comum de ser encontrado em smartphones mais top de linha. E, provavelmente, foi isso que fez a diferença nas fotos do Moto G7 Play. O foco é ajustado rapidamente, assim como o balanço de brancos. As fotos não estouram e conseguem um equilíbrio ótimo entre contraste e brilho. As fotos abaixo mostram a qualidade.
>>Clique nesse link para ver outras fotos feitas pelo Moto G7 Play em tamanho original<<
Além disso, a câmera traseira tem o modo retrato, que faz o foco no rosto da pessoa e desfoca todo o resto, fazendo o famoso efeito bokeh. Mas como o Moto G7 Play tem apenas uma lente, ele faz isso por software. E se você configurar o desfoque máximo, acaba desfocando o contorno do rosto da pessoa. A câmera de selfie também tem o efeito bokeh e foi eficiente também.
Quanto a vídeos, a câmera traseira faz time-lapse, câmera-lenta, vídeos em full HD a 30 e 60 frames por segundo e 4K a 30 fps.
Motorola Moto G7 Play: duração de bateria
Grata surpresa aqui também. Em uso moderado, navegando algumas horas em redes sociais, lendo e-mails, tirando e vendo algumas fotos, realizando chamadas por cerca de 15 minutos, a bateria chegou fácil até a noite. Tirei o telefone da tomas as 8h00 e às 22h30 ainda havia 38% de carga. Também fiz outro teste deixando rolar um filme de 1h40 de duração no app Netflix (portanto, consumindo energia também pelo Wi-Fi) e com brilho da tela acima de 50%. E nestas condições foram consumidos 14% de energia.
Nada mal, Motorola. Apesar da bateria não ter uma capacidade fora do normal (tem 3.000 mAh), a energia deve ter sido bem aproveitada pela soma de algumas características: processador intermediário que gerencia bem a energia, tela com resolução menor do que full HD e o android 9, que aperfeiçoou o gerenciamento da bateria. Quanto a carga da bateria, apesar da mensagem na tela que está carregando rapidamente, não senti isso. Para carregar de 10% a 100%, levou 2 horas e 10 minutos.
Motorola Moto G7 Play: conclusão
Confesso que o Moto G7 Play me surpreendeu em dois pontos bastante importantes: foi muito bem no desempenho, na câmera e duração de bateria. E arrisco dizer que se houvesse 4 ou 3 GB de RAM em vez de 2 GB, o desempenho poderia ser melhor ainda. Mas aí o preço seria maior.
Apesar da Motorola sugerir o preço de R$ 999 para o varejo, já é possível encontrar preços menores minerando em lojas online. O fato é que aplicativos rodam bem, somente com alguma demora no carregamento por motivo de apenas 2 GB de RAM, mas não é nada desesperador.
A duração da bateria foi ótima e a câmera, claro, não tem recursos de smartphones topo-de-linha, mas tira fotos muito nítidas, com qualidade muito interessante para um celular de médio desempenho.
Motorola Moto G7 Play: ficha técnica
Modelo | XT1952-2 |
Cor | Azul Escuro |
Tipo de Chip | Nano Chip |
Quantidade de Chips | Dual Chip |
Memória Interna | 32GB |
Memória RAM | 2GB |
Processador | 1.8 GHz Octa-Core Qualcomm Snapdragon 632 (SDM632) |
Sistema Operacional | Android |
Versão | Android Pie – 9.0 |
Tipo de tela | LCD IPS |
Tamanho do Display | 5.7″ |
Resolução | HD+ – 720 x 1440 (720 x 1512 incluindo o notch) |
Câmera traseira | 13MP |
Câmera frontal | 8MP |
Filmadora | 4K |
Expansivo até | MicroSD até 256GB |
Alimentação/Tipo de bateria | 3000 mAh |
Banda | 2G – GSM 850/900/1800/1900 MHz; 3G – WCDMA 850/900/1700/1900/2100 MHz; 4G – LTE B1(2100), B2(1900), B3(1800), B4(1700/2100), B5(850), B7(2600), B28(700), B66 (AWS3+4) |
Conectividade | Wi-Fi, 3G, 4G |
NFC | Não |
TV | Não possui |
Recursos de Chamada | Chamada por Voz |
Conteúdo da Embalagem | 1 Telefone indigo, 1 kit de manuais, 1 cabo de sincronização, 1 fone de ouvido estereo, 1 carregador de parede e 1 ferramenta de remoção do chip |
Dimensões aproximadas do produto – cm (AxLxP) | 14,7×7,1×0,7cm |
Peso | 149g |