Usar dois ou três monitores é comum em alguns tipo de atividades, como corretoras de ações ou a equipe de desenvolvimento de softwares. E a Samsung pensou em uma solução não tão convencional para um monitor e, por isso mesmo, ficou muito interessante.
Por que não fazer um monitor de vídeo com a largura de três monitores? E assim foi concebido o modelo CHG90, um monitor ultrawide de 49 polegadas. Primeiro é preciso explicar que as 49 polegadas não tem a proporção de uma TV, que, geralmente, é de 16:9. Imagine três monitores de 24 polegadas um ao lado do outro.
E assim é o formato do GHG90, com 49 polegadas de diagonal, mas com proporção de 32:9. É como se você tivesse dois monitores de 27 polegadas com proporção de 16:9 cada um.
E apesar de ser um ótimo monitor para usar nas atividades que usam muitas aplicações abertas, a Samsung diz que este monitor é focado em games. Bom, se pensarmos que, para todo lugar que você olhe em um ângulo de 120 graus, só se enxerga uma telona, então é bem verdade que a imersão e a experiência de jogar nele é ótima.
Mais do que tamanho, a tecnologia da tela é a mesma do moderno painel QLED, utilizado nas TVs top-de-linha da Samsung. Essa tecnologia fornece cores mais puras, brilhantes, bem fiéis as imagens originais, quando comparada com tecnologias de LCD tradicionais. Também é compatível com o padrão HDR (High Dynamic Range), no qual os níveis de branco e preto chegam a 100%, ou seja, os pixels atingem o branco máximo, assim como a cor preta, o que não deixa nenhuma imagem com falta de contraste, ou, como se diz popularmente, nenhuma imagem fica “lavada”.
Monitor Samsung ultrawide CHG90: características físicas
Depois de falar sobre a tecnologia, vamos a parte prática. Tenha em mente que esse monitor precisa de espaço. Ele tem 1,24 metro de largura. Para segurar o peso de 15 quilos e uma proporção larga, a base precisa de pés longos para os lados e também ter uma certa distância na parte de trás, para equilibrar a telona.
E lembre-se que é um monitor, portanto, precisa de um mecanismo para ajuste de altura e também de inclinação. A solução da base em formato de Y invertido foi ótima, pois consegue dar equilíbrio ao gigante e manter os ajustes de um monitor comum. Mas isso ocupa espaço, 36 centímetros de profundidade, para ser exato. A haste tem uma parte destacável para passar os cabos de força e de vídeo de forma a manter não apenas organizado, mas com um visual clean. A parte boa é que a montagem é bem simples de ser executada.
Monitor Samsung ultrawide CHG90: Conexões
Esse monitor vem com 2 entradas HDMI, uma Display Port, uma mini-Display port e um hub USB com duas portas: uma USB 3.0 e outra para fazer carga rápida de dispositivos. Também há conector para fone de ouvido (quando conectado em uma placa de vídeo por meio do HDMI ou Display port, o áudio vem pela placa de vídeo) e uma entrada para microfone.
A saída de microfone serve para ligar ao PC para ter a conexão com o microfone. Faltou alto-falante, certo? Sim, em minha opinião, faltou. Como é um monitor voltado a gamers, talvez tenha sido feito alguma pesquisa de que os jogadores profissionais preferem os fones de ouvido.
É algo bastante relativo, mas creio que dois alto-falantes ficariam bem legais no lugar de hub USB e conectores de microfone, itens que já estão no desktop ou notebook.
Monitor Samsung ultrawide CHG90: Desempenho e configuração
É aqui que a coisa fica boa. A qualidade de imagem é excelente, não dá para negar. Fotos e vídeos ficam ótimos, apesar de não ser uma boa assistir filmes nessa tela. Afinal, filmes são gravados na proporção 21:9 e, portanto, acaba sobrando muito espaço dos lados. Mas isso não acontece com jogos, onde a maioria deles (principalmente títulos recentes) consegue aproveitar toda a largura desse monitor. E a experiência de imersão é ótima.
Testei com três jogos: Battlefield V; Wolfestein II: the new colossus e Shadow of the Thomb Raider. O resumo é que era bem fácil ficar horas imerso nos jogos, ainda mais se usasse fones de ouvido, aproveitando todos os efeitos de áudio e vendo somente o cenário do jogo a sua frente e, claro, dos lados. Todos esses jogos aceitavam a resolução desse monitor, que é de 3.840 x 1080. Realmente, esse monitor não chega a 4K (3840 x 2160).
Mas quem precisa de 4K em um monitor desse tamanho? Não fez nenhuma falta. O que me chamou a atenção nos jogos foi que não houve flicker (uma pequena quebra de imagem de personagens e objetos quando estão em movimentos). A taxa de atualização de 144 Hz e o tempo de resposta de 1 milissegundo deixaram os jogos muito fluidos, o que tornou a jogabilidade muito prazerosa e sem cansar a vista. A tecnologia HDR também deixava qualquer detalhe nítido.
E por incrível que pareça, só tive dificuldade em ajustar o monitor para trabalhar com texto. No início parecia que os caracteres não se encaixavam nos pixels, ficando um pouco deformados, ou mal desenhados. Acabei descobrindo que, como é uma resolução incomum, é preciso usar um software do monitor, baixado facilmente no site da Samsung na área de suporte, chamado Easy Setting Box. Ele divide a tela em pedaços com resoluções pré-determinadas e, quando você move uma janela, ela se encaixa automaticamente nesse espaço.
A definição então melhorou, mas ainda assim parecia que os pixels teimavam em não deixar os caracteres ficarem perfeitos. E ao mexer nas configurações, verifiquei que a opção nitidez estava no máximo. Diminui para 70% e Bingo! Os caracteres ficaram confortáveis de ler. A nitidez alta fazia que a tela mostrasse detalhes demais das letras, o que não é necessário quando se trata de texto. Foi a única coisa que me deu trabalho para descobrir.
Outros testes
Também testei editar vídeos com uma timeline em formato ultrawide. Quem edita vídeos sabe o conforto e a agilidade que se ganha em ter espaço para usar uma timeline grande. Isso faz uma diferença grande na produtividade.
Trabalhar com planilhas de cálculos também é outra tarefa produtiva de fazer nesse monitor. Trabalhar com múltiplas planilhas em uma área grande é algo sem preço.
Usar várias sessões de navegadores com serviços diferentes é outro exemplo ótimo de produtividade. Ver álbuns de fotos também é outra atividade interessante de fazer nesse monitor. Selecionar e escolher as fotos é uma tarefa mais produtiva.
Monitor Samsung ultrawide CHG90: Conclusão
Quem não quer ter uma grande mesa para trabalhar? É o caso desse monitor, onde espaço não falta. O grande destaque aqui ficou para os jogos. A experiência é incrível com o cenário ampliado. Entenda que o jogo tem a capacidade para exibir mais cenário, mais pessoas e objetos e não apenas alarga a imagem.
Portanto, a imersão no jogo é aumentada. Além disso, a taxa de atualização de 144 Hertz (um monitor tradicional e até mesmo alguns gamers usam apenas 60 Hz), e o tempo de resposta de 1 milissegundo (monitores gamers costumam usar entre 2 e 5 ms) ajudam muito na fluidez das imagens, pois essas características fazem a tela ser “varrida” com mais velocidade para desenhar os frames.
E claro, qualquer outra atividade pode ser aproveitada em uma tela desse tamanho: planilhas de cálculo, edição de vídeo, vários aplicativos ou janelas abertas em bom tamanho uma ao lado da outra, enfim, espaço não falta. Só faltou mesmo alto-falantes. Em um monitor desse tamanho seria legal te-los, economizando um espaço das caixas de som, já que o monitor ocupa 1,24 metro de largura por 36 de profundidade na mesa.
Monitor Samsung ultrawide CHG90: especificações completas
- Tamanho: 49 polegadas
- Resolução: 3840×1080 pixels
- Taxa de atualização: 144 Hz
- Tipo de painel: VA LCD com pontos quânticos (QLED)
- Brilho: 350 nits (típico); 250 bits (mínimo)
- Taxa de contraste estático: 3.000:1 (típico); 2.400:1 (mínimo)
- Ângulo de visão: 178 graus horizontal e 178 graus vertical
- Tempo de resposta: 1 ms
- Consumo de energia: 113 watts (máximo)
- Conexões: 2 HDMI, 1 DisplayPort, 1 Mini DisplayPort, 2 USB 3.0, 1 entrada de áudio (3,5 mm), 1 saída de áudio (3,5 mm)
- Dimensões: 120,3×52,5×38,2 cm (com a base); 120,3×36,9×19,4cm (sem a base)
- Peso: 15 kg (com a base); 11,9 kg (sem a base)
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