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“Nenhum computador foi projetado para estar

consciente do que está fazendo;

 Mas na maioria das vezes, nós também não estamos.”

Marvin Minsky (Cientista cognitivo, 1927 – 2016)

Em 2016, entre notícias, eventos e inovações tecnológicas o que “causou o que falar” foi a Inteligência Artificial (IA) e suas subáreas: aprendizado de máquina e aprendizado profundo. Neste ano, vimos Amazon, Facebook, Google, IBM e Microsoft se unirem para criar uma organização sem fins lucrativos a qual vai estabelecer melhores práticas relacionadas a ética, privacidade, inclusão, transparência e colaboração entre pessoas e sistemas de IA. E, de acordo com a CB Insights, mais de 140 startups norte-americanas focadas em IA chegaram a quase 1 bilhão de dólares em financiamentos no terceiro trimestre de 2016.

Homem e máquina

Em seu post Building Jarvis, escreveu Mark Zuckerberg: “Meu desafio pessoal para 2016 é construir um IA simples para cuidar da minha casa e me ajudar no trabalho.” Ele não só cumpriu sua tarefa do ano como publicou um video mostrando o feito. Cingapura tornou-se o primeiro país a oferecer taxis sem motorista. A colonização das redes sociais pelos bots é uma realidade e em breve não saberemos diferenciá-los de pessoas. Amazon Echo e Google Home, estão nas casas de milhares de pessoas, ajudando no controle de objetos e atividades. Em todos os casos a IA é o “fantasma dentro da máquina”.

Homem vs máquina

Em 2016 vimos o AlphaGo, programa de inteligência artificial do Google (original DeepMind), derrotar o campeão sul-coreano Lee Sedol mas para além dos jogos, o impacto da IA será profundo no trabalho. Segundo relatório do governo norte-americano, a IA ameaça até 47% dos empregos nos Estados Unidos. A automação irá avançar sobre a indústria de caminhões, onde 3.8 milhões de motoristas irão se tornar obsoletos, enquanto isso, restaurantes e fastfoods já experimentam sistemas inteligentes para automatizar pedidos. Stephen Hawking, Elon Musk e Bill Gates demonstraram preocupações, para eles podemos ser “colocados de lado” por máquinas baseadas em IA. Os titãs da era digital uniram-se sob

um mesmo teto e o futuro será definido por eles ou, por uma IA criada por eles. Veremos na retrospectiva de 2066.

Nota

Este post é uma pequena homenagem a Marvin Minsky, cientista cognitivo norte-americano, professor do MIT e um dos pais da IA, o qual faleceu em janeiro deste ano. Com Seymour Papert foi autor do livro Perceptrons base para análise de redes neurais artificiais e ganhador do respeitado prêmio Turing por suas contribuições na área de IA.

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