Uma equipe de vela britânica chamada Ben Ainslie Racing Team começará a usar uma “lixeira marítima” para limpar as águas do pontal onde treina na cidade de Portsmouth. De acordo com o jornal inglês The Times, a equipe usará um equipamento chamado de Seabin para filtrar resíduos sólidos – especialmente plástico – das águs costeiras.
A Seabin foi apresentada pela primeira vez em dezembro de 2015. Ela consiste em um tubo recheado por um filtro e equipado com uma bomba. A bomba faz com que a água fique constantemente passando pelo tubo, e os resíduos presentes nela ficam presos no filtro. Ela pode funcionar com uma turbina, ou com energia solar ou eólica, dependendo de cada caso. O projeto foi desenvolvidos por dois surfistas australianos, que custearam-no por meio de um projeto de financiamento coletivo. O vídeo abaixo mostra mais delas:
Cada Seabin é capaz de coletar até 1,5 quilos de lixo por dia, e armazenar até 12 quilos antes de que seu filtro precise ser limpado e trocado. Pode parecer pouco, mas como o foco da Seabin é coletar plástico, esse peso se traduz em cerca de 20 mil garrafinhas de plástico por ano, ou 83 mil sacolas de plástico no mesmo período. O plástico coletado, por sua vez, pode ser usado na fabricação de novas Seabins.
Proteção ambiental
De acordo com o Engadget, esse projeto é um dos investimentos da equipe de vela em iniciativas sustentáveis. O Ben Ainslie Racing Team também não come carne às segundas-feiras e só compra frutos do mar criados de maneira sustentável. A Seabin que o grupo vai usar ajudará a manter limpa a água em torno das gaiolas de mais de mil ostras localizadas próximas ao pontal.
Segundo a Seabin, esse é um dos projetos-piloto que a empresa está usando para avaliar a eficiência de sua criação. Outros testes estão acontecendo também nos Estados Unidos, Finlândia, França, Montenegro e Espanha. As “lixeiras marítimas” automáticas da empresa devem começar a ser vendidas para qualquer comprador a partir de novembro, por cerca de 3.000 libras (cerca de R$ 12,5 mil na conversão direta).