O governo britânico anunciou uma medida que seria muito bem-vinda no Brasil. O primeiro-ministro David Cameron prometeu que até 2020 todos os cidadãos terão o direito a internet barata com velocidade mínima de 10 megabits por segundo. As empresas terão a obrigação de conectar os cidadãos mesmo que eles vivam em áreas remotas.
“Acesso à internet não deveria ser um luxo, mas sim um direito absolutamente fundamental para a vida na Grã-Bretanha do século 21”, afirmou Cameron. “Levaremos banda larga rápida para todas as casas e empresas que quiserem”, completou o discurso.
O governo fala na criação de uma “obrigação universal de serviço”, que coloca o acesso à internet como um direito fundamental ao lado de água, eletricidade e gás. Serão realizadas consultas a partir de 2016 para decidir os melhores modos de alcançar as metas.
O país já tem uma boa média de velocidade de internet. O ranking mais recente da Akamai mostra que o Reino Unido conta com uma média de velocidade de 11,8 Mbps, ficando em 19º lugar global. É bastante provável que essa média suba bastante caso seja estabelecido um mínimo de 10 Mbps.
Para comparação, o Brasil fica apenas na 90ª colocação do mesmo ranking, com uma média de apenas 3,6 Mbps.
O Ars Technica, no entanto, observa que as promessas do governo britânico podem não ser tão confiáveis assim. Em 2012, já havia sido prometido que o país teria a internet mais rápida da Europa em 2015. Como indica o já citado relatório da Akamai, o país ainda fica atrás de Suécia, Suíça, Holanda, Noruega, Finlândia, República Checa, Dinamarca, Romênia e Bélgica.