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A solidão se torna um ácido
que vai consumindo você.”
Haruki Murakami
(Escritor japonês, 1949 -)

O título deste post foi emprestado do livro “Alone Together” de Sherry Turkle, professora do MIT especialista em tecnologia e sociedade. Turkle, assim como outros pensadores contemporâneos (Nicholas Carr, Danah Boyd, Zygmunt Bauman para citar alguns) estão preocupados com o fato de que ambientes ou redes virtuais que ao mesmo tempo nos conectam também nos colocam em ilhas, fechados em nós mesmos, cada vez mais alheios ao contato pessoal, as experiências da vida “real”.

Solidão entre muitos

A solidão voluntária pode ser mental e espiritualmente benéfica, pode ser aquela caminhada na praia, alguns minutos de meditação, enfim estar consigo mesmo para relaxar e desconectar dos conflitos do mundo. Mas o sentimento de estar só quando se está entre muitos, é algo bastante destrutivo. As redes sociais funcionam num certo sentido como cortina de fumaça para este sentimento. Temos a sensação de pertencimento, de amizade, carinho, mas tudo é frágil, artificialmente montado, uma engenharia computacional que em essência busca lucrar com a “amizade virtual”. Para Bauman: “A rede parece, de maneira perturbadora, uma duna de areia soprada pelo vento, e não um canteiro de obras onde se poderão estabelecer vínculos sociais confiáveis. “

O lado bom da vida

Não há como voltar ao passado, ao tempo das comunidades e suas relações fraternas de amizade, bem-estar e segurança social. Não podemos negar os claros benefícios que as redes sociais promovem para milhares de amigos e familiares que estão distantes e podem, por meio de um chat ou um post, manter viva a esperança de um reencontro. Mas é preciso ficarmos atentos: na sala ao lado pode estar a maior experiência de amor e carinho que podemos ter, a qual não depende de senhas, wi-fi ou rede elétrica. 

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