Receita da Huawei sobe 27% no último trimestre

Aumento nas vendas de celulares contribuiu para o crescimento
Redação16/10/2019 15h34, atualizada em 16/10/2019 16h12

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A receita do terceiro trimestre da Huawei subiu 27%, impulsionada pelo aumento significativo nas entregas de celulares lançados. O crescimento aconteceu no momento certo, antes que sua inclusão na lista negra comercial dos Estados Unidos prejudicasse seus negócios.

A gigante chinesa foi praticamente proibida pelo governo americano de fazer negócios com empresas norte-americanas, freando significativamente sua capacidade de obter componentes importantes. A empresa recebeu uma prorrogação até novembro, o que significa que vai perder acesso a algumas tecnologias no próximo mês. Por enquanto, a Huawei vendeu principalmente smartphones lançados antes da proibição.

A empresa é a maior fabricante de equipamentos de rede de telecomunicações no mundo, e a segunda maior fabricante de smartphones. O produto mais novo, o Mate 30, iniciou as vendas no mês passado. O aparelho não tem acesso a uma versão licenciada do sistema operacional Android do Google.

As restrições impostas pelos EUA prejudicarão a empresa menos do que se previa inicialmente, de acordo coma própria Huawei. A gigante da tecnologia disse nessa quarta-feira que a receita nos três primeiros trimestres do ano cresceu 24,4%, foi para 610 bilhões de iuanes, equivalente a US$ 85 bilhões.

A receita no trimestre encerrado em 30 de setembro aumentou para 165,29 bilhões de iuanes, US$ 23 bilhões, segundo cálculo baseado em declarações anteriores da Huawei.

Nicole Peng, vice-presidente de mobilidade da consultoria Canalys, afirmou que “as entregas para o exterior da Huawei se recuperaram rapidamente no terceiro trimestre, embora ainda estejam voltando aos níveis anteriores à proibição dos EUA”.

Ele ressaltou a importância dos resultados obtidos no terceiro trimestre: “É realmente impressionante, dada a tremenda pressão que a empresa está enfrentando. Mas vale a pena notar que as entregas fortes foram impulsionadas por dispositivos lançados antes da proibição dos EUA, e as perspectivas de longo prazo ainda são obscuras”.

Via: Reuters

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital