Realidade Aumentada do Google Maps é excelente, mas use com moderação

Testamos a versão Alpha da navegação com Realidade Aumentada no Maps, que usa a câmera do celular e Inteligência Artificial para mostrar informações do percurso
Redação12/03/2019 09h24, atualizada em 12/03/2019 12h00

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O Google Maps é o tipo de serviço que já está costurado no cotidiano, pois o aplicativo informa desde o horário do próximo transporte aos diferentes caminhos para se chegar a algum lugar. Na Play Store, o aplicativo já bateu o recorde de cinco bilhões de downloads e, a cada atualização, o Maps fica ainda mais completo. Desde o dia 28 de fevereiro, estou testando a versão Alpha do recurso de Realidade Aumentada (RA) do Google Maps e, até o momento, posso dizer que esta é uma das funcionalidades mais generosas do serviço, mas também a que mais drena energia do smartphone.

Em maio de 2018, o Google anunciou a adição do recurso de RA ao seu serviço de localização e transporte. Isso ocorreu durantes a conferência para desenvolvedores da gigante das buscas, o Google I/O. Na ocasião, foi explicado que a função RA usaria a câmera do celular para reconhecer o local e guiar o usuários a partir de sinais gerados pela Inteligência Computacional do dispositivo.

A versão que chega agora para alguns usuários de testes, como é o meu caso, é muito semelhante ao que foi apresentado há um ano, com setas indicando a direção que devemos seguir e identificando locais públicos e comércios nos arredores.

#1 Usando a Realidade Aumentada do Google Maps (versão alpha)

Utilizo a RA no Maps há, praticamente, duas semanas, e estou bastante satisfeita com o que o recurso entrega, mesmo que ainda esteja na versão Alpha. Vale a pena dizer que um aplicativo ou serviço em estágio Alpha está na primeira fase de desenvolvimento, ou seja, existirão erros e bugs que, na versão estável, serão corrigidos.

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Dito isso, a minha experiência tem sido muito boa até o momento. Ao abrir o Google Maps e lançar o recurso RA, a primeira coisa que aparecerá será um tutorial de utilização da função. Não que seja muito complexo usar a realidade aumentada, é mais por uma questão de alerta mesmo. Como o RA usa a câmera do celular para reconhecer prédios e placas ao nosso redor, é comum ficarmos olhando para a tela do smartphone e esquecer de prestar atenção a nossa volta. Logo, o Google usa este tutorial para chamar a atenção das pessoas para esta questão e, claro, mostrar como utilizar a câmera para que o software possa escanear o ambiente e começar a dar as orientações.

O princípio básico de qualquer tecnologia RA é adicionar imagens geradas por computador sobre imagens do mundo real em tempo real. E isso é o que temos agora no Google Maps. Ao acionar o RA, as pessoas passam a ver diante da tela do celular – através da câmera – objetos virtuais, que servem para guiá-las pelo caminho.

Por que este recurso é melhor do que o ponto azul no mapa? Em primeiro lugar, o RA utiliza as informações visuais para reconhecer a nossa localização e não apenas o GPS do dispositivo. Isso faz com que situar o serviço seja mais preciso do que nunca e evita que fiquemos andando de um lado para o outro tentando identificar qual direção pegar. A minha sensação ao usar o RA no Maps é de que eu nunca mais me perderei andando por uma cidade.

É importante dizer que a tecnologia reconhece apenas edifícios e placas, mapeados anteriormente pelas câmeras e satélites do Google. Ou seja, não se faz o reconhecimento de objetos em movimento, como automóveis e pessoas, por exemplo.

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Assim, no momento em que passamos a usar a RA no aplicativo, a câmera é acionada e precisamos fazer uma varredura no ambiente, apontando o smartphone para a esquerda, para a direita e para cima. Depois disso, basta seguir as setas. Caso você pegue a direção errada, o software vai indicar a direção que deve ser tomada. Sinceramente, é muito simples usar o RA no Maps.

Por fim, este não é um serviço para você utilizar o tempo todo, por isso, o Google vai pedir o tempo todo para que você baixe o celular. Esse lembrete serve, basicamente, para duas funções: obrigar a pessoa a prestar atenção ao seu redor, evitando qualquer tipo de acidente, bem como economizar os recursos do smartphone.

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#2 Os custos da utilização da Realidade Aumentada no Google Maps

Para usar tecnologia RA, o software exige bastante do hardware. Como disse antes, estou testando a versão Alpha do modo RA no Maps e, claramente, o alto consumo de energia é o maior problema do serviço neste primeiro estágio. Aliás, talvez por isso o Google ainda não tenha liberado o recurso para mais usuários.

No final de semana, aproveitei para fazer uma experiência bem típica de uso do Maps: uma viagem para uma cidade desconhecida. Estou utilizando o serviço no meu Google Pixel 3 e, quando iniciei a localização por RA, o aparelho tinha 55% de bateria e o percurso que eu faria era de 18 minutos a pé.

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Contudo, quando cheguei na metade do caminho, ou seja, nove minutos depois, a minha bateria havia caído 10%. Foi quando eu parei de utilizar o serviço e retornei para a navegação comum.

Mais uma vez, estou usando a versão Alpha do RA no Google Maps, logo, as versões Beta e final talvez não exijam tanto do hardware como a atual versão de testes. Em relação aos dados, por outro lado, não percebi nenhuma grande diferença.

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#3 Requisitos para testar a Realidade Aumentada no Google Maps

Neste momento, o recurso RA do Google Maps está sendo liberado para um número controlado de usuários, e a versão que está instalada no meu smartphone é a 10.11.1. Muito importante, eu não faço parte do programa de testes beta do Google Maps, por isso, caso você seja membro do programa e não tenha recebido a função RA, não se preocupe, pois é provável que a função RA só chegue para você no estágio de testes beta.

Além disso, de acordo com alguns usuários, o recurso RA só estaria disponível para pessoas com nível 7 de colaboração no serviço, porém, eu sou nível 6, logo, isso não  é uma regra.

O RA do Google Maps é excelente, mas deve ser usado com moderação

Neste momento, a função de Realidade Aumentada no Maps está no estágio inicial de desenvolvimento. Contudo, apesar do alto consumo de energia, o serviço me parece completo, extremamente funcional e sem retorno.

No passado, utilizei o Google Glass em algumas ocasiões para navegação e é quase impossível não comparar a essência do RA no Maps com o RA usado para navegação no óculos de realidade aumentada do Google. Sinceramente, a experiência de uso é igual, com a única diferença de termos que segurar o celular nas mãos em vez de vermos as direções direto no prisma do óculos.

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Em outras palavras, o Google já domina essa tecnologia há algum tempo, o que realmente impede a função chegar para mais usuários é mesmo a limitação do hardware.

E aí, você já está testando o recurso RA no Google Maps? O que achou?

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital