Investir na bolsa de valores se transformou em uma atividade popular até mesmo para amadores. Isso era praticamente impossível há alguns anos, mas a internet hoje está recheada de informações sobre o assunto e é possível contar até com a consultoria de youtubers especializados.
Prova disso é que, apenas em 2018, quase 200 mil novos investidores pessoa física ingressaram nessa prática. Hoje, há mais de 800 mil pessoas com esse perfil na B3 (a antiga Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa). Para melhorar, a B3 tem quebrado seus próprios recordes com frequência e, em janeiro, chegou ao valor mais alto da história: 96.096 pontos.
Segundo Nelson Massud, CEO da fintech Valemobi, menos de 0,5% dos brasileiros investe em ações. “Em outros países, esse número é mais expressivo: nos EUA, por exemplo, chega a 70%. Entretanto, o perfil do investidor brasileiro está mudando e as pessoas têm se interessado pelo tema”, diz. “É engraçado que, antes de comprar um eletrodoméstico, o indivíduo faz várias pesquisas, mas para fazer um investimento, se acomoda e aceita a primeira sugestão.”
Uma das maiores vantagens desse tipo de investimento são os juros baixos. Em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano. Isso torna os investimentos em renda variável muito mais atraentes do que os de renda fixa.
Massud conta que, recentemente, aumentou muito o número de investidores com perfil jovem — que não quer mudar de plataforma várias vezes para buscar informações. Então, para quem quer começar a operar na B3, uma boa ideia é conhecer os aplicativos disponíveis para esse fim. Separamos quatro deles para você testar. Venha saber quais são!
Simulação de investimentos
O TradeMap é 100% gratuito e permite simular investimentos na B3. Para isso, oferece informações analíticas em tempo real (que, em geral, só são encontradas em plataformas pagas). Com ele, o investidor testa os investimentos que planeja fazer e observa os resultados antes de usar seu próprio dinheiro.
A solução, lançada há pouco mais de dois meses, já tem 100 mil usuários e acaba de apresentar sua versão 1.3, com melhorias e novos recursos: módulo de notícias, ofertas em renda fixa e fundos imobiliários.
Além disso, o TradeMap tem integração com Canal Eletrônico do Investidor (CEI), que permite que o usuário consulte os investimentos adquiridos. Isso é bastante útil para o acompanhamento do desempenho da carteira, bem como da posição consolidada e de cada corretora. Assim, o investidor pode comparar as carteiras real e simulada para montar as melhores estratégias de investimentos.
Guia de investimentos
Lançado em outubro, o Fliper promete atuar como um “GPS das finanças”. Segundo os desenvolvedores, sua principal função é facilitar a autogestão financeira — isso ajuda o usuário a consolidar seus investimentos e, assim, fortalecer seus rendimentos, enquanto acompanha a evolução do patrimônio e a atividade da carteira.
Buscador de investimentos
Saber quais as melhores opções de investimento pode ser uma tarefa difícil para quem está começando nessa atividade. O Yubb é um aplicativo que facilita a busca de investimentos e ajuda o interessado a avaliar quais plataformas e bancos podem ser os mais adequados para o seu caso.
No Yubb, os usuários podem avaliar o atendimento, os custos, as taxas e a rentabilidade de cada empresa. Já há mais de 3 mil avaliações disponíveis para consulta. Os cerca de 200 mil usuários da solução podem escolher entre 4,5 mil investimentos diferentes.
Homebroker
O homebroker é o sistema que conecta o investidor ao pregão eletrônico da B3 para intermediar os investimentos. Algumas fintechs têm soluções específicas para isso. A mais recente é a do Banco Inter: lançada em dezembro, ela se chama Plataforma Aberta Inter (PAI).
100% gratuita, a ferramenta permite a compra e a venda de ações da B3, fundos imobiliários e Tesouro Direto. Uma das facilidades da solução é sua integração com o app Conta Digital, que facilita o acesso, diretamente no aplicativo, a produtos de renda fixa e de crédito privado, como LCIs, CDBs, CRIs, CRAs e debêntures.