Projeto Loon está pronto para começar seus testes comerciais

Os balões que levam conectividade a áreas remotas estão prontos para serem implementados de forma comercial. O primeiro teste deve ser realizado em locais remotos do Quênia
Luiz Nogueira02/07/2019 14h43, atualizada em 02/07/2019 15h15

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O Projeto Loon da Alphabet, subsidiária do Google, está pronto para seu primeiro teste comercial. O programa foi desenvolvido para fornecer conexão à internet para partes remotas do planeta. Ele usa um hardware de rede movido a energia solar e preso a balões atmosféricos, estendendo a cobertura a locais onde as torres de telefonia celular são difíceis de serem construidas e mantidas.

De acordo a uma reportagem da Reuters, a empresa Loon está trabalhando em parceria com a terceira maior operadora do Quênia, a Telkom Kenya, para realizar esse teste comercial. Com certeza, esse teste será acompanhado de perto pelos gigantes da indústria. A viabilidade do projeto vem sendo questionada desde seu anúncio em 2011.

Sua eficácia chegou a ser comprovada após um terremoto ter atingido o Peru e o Loon ter sido utilizado para levar conexão ao local atingido. Além disso, em Porto Rico o projeto também foi usado. Sua implementação levou quatro semanas e foram registradas 100 mil pessoas conectadas ao serviço sem fio.

A ideia da empresa é fazer com que, durante o teste, vilas e cidades mais remotas do Quênia tenham acesso a serviços 4G a “taxas de mercado”. Não está claro quanto isso vai custar para cada cidadão e nem quais velocidades a conexão pode atingir.

A Loon também deve considerar alguns outros problemas, como a longevidade dos balões. Estima-se que eles durem de quatro a cinco meses antes de começar a apresentar problemas e a se decompor. A questão dos ventos também pode representar outro obstáculo. Os balões podem ser empurrados para fora do alcance, ocasionando uma perda de conexão.

Ainda não está claro como a empresa visa lidar com essas e outras adversidades que os balões podem vir a sofrer, mas os testes podem começar nas próximas semanas. O único empecilho atual vem das autoridades do Quênia que precisam dar o sinal verde para que o projeto avance para a fase de implementação.

Via: 9to5Google

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital