Projeto deve ligar cérebro a máquinas para aumentar inteligência em 8 anos

Renato Santino21/04/2017 14h24, atualizada em 21/04/2017 14h30

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Recentemente, o bilionário Elon Musk revelou a Neuralink, uma nova empresa que tem como proposta a criação de uma interface entre cérebro e máquinas que permitiria expandir os limites da inteligência humana. Agora, foram revelados mais detalhes sobre os planos da empresa.

A proposta parece sair diretamente de filmes de ficção científica. A ideia de Musk é que a Neuralink ajude a humanidade a superar os limites da linguagem. Hoje, o nosso cérebro tem de respeitar formas bastante limitadas de input e output, que incluem ler, ouvir, falar e escrever. São formas de comunicação restritas a alguns bits por segundo, quando colocamos isso em termos tecnológicos.

Ou seja: para nos comunicarmos, precisamos “comprimir” nossos pensamentos em uma forma comunicável, com palavras, e deixar que a outra pessoa do outro lado faça a “descompressão” das informações, o que é um processo que ocasiona perdas. A Neuralink pretende acabar com esses gargalos na comunicação humana.

Musk também pretende ir além da comunicação entre pessoas com a Neuralink. Seu projeto tem como meta permitir que a humanidade acompanhe os avanços da inteligência artificial, o que seria alcançado transformando os humanos em ciborgues, com IA integrada ao cérebro. A conexão direta de alta velocidade possibilitaria que nossas mentes fossem integradas a inteligências artificiais baseadas na nuvem para acelerar nossa compreensão e inteligência.

No entanto, Elon Musk também afirma que essa realidade está distante da nossa. Ele estima que ainda serão necessários entre oito e dez anos de desenvolvimento e testes antes que seja possível aplicar a tecnologia a alguma pessoa sem qualquer tipo de deficiência. A princípio, a Neuralink vai procurar desenvolver aplicações terapêuticas com sua tecnologia, o que deverá ajudar bastante na obtenção de aprovação de órgãos reguladores para testes humanos.

[Wait but Why?, TechCrunch]

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital