Projeto Athena: como a Intel quer que o seu PC funcione como um smartphone

Entenda mais como esse projeto pretende revolucionar a forma de como usamos nossos notebooks
Alvaro Scola14/05/2019 21h47, atualizada em 14/05/2019 23h30

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Durante a CES de 2019, a Intel divulgou informações sobre o seu projeto Athena, que pretende revolucionar os notebooks que conhecemos hoje. Para isto, é claro, as fabricantes deverão seguir uma série de exigências neste tipo de equipamento para que eles ofereçam a experiência desejada pela marca.

Levando como foco o crescimento do uso de aparelhos móveis como os smartphones, a Intel pretende implantar algumas funcionalidades vistas neles para os computadores. Para saber mais como o projeto Athena funciona e quando esperar por ele, confira esta matéria do Olhar Digital.

O que é o projeto Athena

A Intel sempre fez investimentos na área de notebooks, mas devido ao crescimento do mercado de celulares, a empresa quer investir em novas tecnologias para que o uso destes aparelhos mais convencionais não caia no esquecimento.

Não apenas isto, a Intel também quer que as pessoas que utilizem a marca tenham acesso as tecnologias mais novas, ou seja, eles querem que seus consumidores possam usufruir das últimas tecnologias disponíveis. Para atingir este objetivo a Intel pretende usar como grandes aliados a inteligência artificial (IA) e a chegada do 5G, que está cada vez mais próxima.

Quais são os requisitos de uma máquina do projeto Athena

As especificações do Projeto Athena podem acabar mudando de forma anual, isto devido a novas tecnologias que vão surgindo. Entretanto, os dispositivos que farão parte da linha de 2019 dela já devem incluir ao menos estes itens:

  • Os aparelhos não devem pesar mais do que 3 libras (em torno de 1,3 Kg)
  • Carregamento USB-C
  • Uma porta Thunderbolt 3
  • Wi-Fi Gigabit
  • 9 horas de duração de bateria
  • Opção de carregamento rápido. Neste ponto, em 30 minutos, o aparelho deverá ter carregado a bateria o suficiente para usar o notebook durante 4 horas.

Além destas configurações, é importante ressaltar que os notebooks a fazerem parte do projeto já são da geração Ice Lake. Esta, no caso, é a décima geração de processadores da Intel, que devem ter seus detalhes divulgados no segundo semestre deste ano.

O que isto muda para os consumidores no dia-a-dia

Acima, você conferiu a parte mais técnica do projeto da Intel, mas você também deve estar se perguntando se isso fará diferença no seu dia-a-dia. A Intel percebeu que no cotidiano das pessoas, muita gente opta por utilizar o computador para tarefas mais profissionais, recorrendo a outros equipamentos para realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo.

Desta forma, os recursos principais que encontramos em smartphones, que economizam tempo ao longo de sua utilização durante o dia também poderiam estar em computadores móveis, no caso, os notebooks. Para isto, é claro, são necessárias algumas adaptações, mas o projeto Athena, em sua primeira etapa quer melhorar estes pontos:

  • Ao abrir a tampa de um notebook, ele já deve estar pronto para uso – Aqui, a Intel quer que o processo de suspensão do computador não transpareça para o seu usuário. No caso, isto minimiza o tempo que o usuário perde, por exemplo, ao ligar o computador e esperar o sistema ser carregado;
  • Carregamento rápido – Assim como ocorre com os celulares, a Intel não quer que as pessoas tenham que aguardar longas horas para poder usar o seu dispositivo sem uma tomada;
  • Reconhecimento facial – Assim como se popularizou nos celulares, a Intel quer que os notebooks já reconheçam os seus donos para que eles sejam desbloqueados automaticamente. Isto, é claro, seria feito através do reconhecimento facial, então, ao chegar perto do notebook, ele já estaria destravado sem precisar da intervenção de seu usuário com o sistema;
  • Conectividade – O Brasil pode até não estar com as mais recentes conexões já disponíveis por aqui, mas o seu hardware já deve estar preparado para elas. Cada vez mais, as pessoas não querem depender de cabos de redes para jogar ou efetuar tarefas mais pesadas que dependam da sua conexão. Assim, essa parte da Intel já está preparando para as conexões gigabit e para o novo padrão do Wi-Fi 6.

Quem já está trabalhando com a Intel no projeto Athena

Para o projeto Athena funcionar, é claro, além do trabalho da Intel, as fabricantes mais famosas de notebooks também já estão se mobilizando para que ele se concretize. Dentre as principais, podemos citar:

  • Acer;
  • ASUS;
  • Dell;
  • HP;
  • Lenovo;
  • Samsung;
  • Outras.

Previsão de chegada dos aparelhos ao mercado

Apesar das grandes empresas já estarem trabalhando de acordo com as normas do projeto Athena, ele ainda deve demorar um pouco para chegar no Brasil. Por exemplo, assim como acontece com a maioria das novas tecnologias, as primeiras empresas que estão com os produtos do projeto Athena quase prontos são chinesas.

Desta forma, os primeiros países que devem receber estes produtos são, é claro a China e os Estados Unidos ainda no segundo semestre de 2019. Já o Brasil, por sua vez, deve receber estes produtos mais tarde, mas de acordo com o porta voz da empresa, isso deve ocorrer em algum momento de 2020.

Editor(a)

Alvaro Scola é editor(a) no Olhar Digital