O príncipe Harry, o terceiro na linha sucessória ao trono do Reino Unido, se pronunciou nessa semana pedindo a proibição de Fortnite. O duque de Sussex alegou que o game foi “criado para viciar”, e suas palavras acabaram contribuindo para um crescente debate entre profissionais de saúde, governos e grupos de lobby sobre se os games podem ser prejudiciais para crianças.

O membro da família real britânica visitou uma ACM (Associação Cristã da Moços) em Londres e falou com especialistas em saúde mental sobre jogos viciantes e mídias sociais, dizendo que o Fortnite acaba sendo mais nocivo do que drogas ou álcool. As observações vieram pouco antes do Gaming Bafta Awards, uma das maiores premiações no calendário de jogos que aconteceu em Londres no dia 04/04.

O príncipe, que está prestes a se tornar pai, tem se engajado em pautas relacionadas à educação de crianças e adolescentes. “Um jogo como Fortnite, por exemplo, pode não ser tão bom para as crianças. Os pais não sabem o que fazer sobre isso. É como esperar que o estrago seja feito. Esse jogo não deveria ser permitido”, disse na ocasião.

O jogo se tornou um fenômeno global e o objetivo é simples – sobreviver o maior tempo possível em batalhas em campo aberto, no estilo Battle Royale. Cada partida tem um total de 99 outros jogadores, e o objetivo é ser o último vivo. As disputas duram cerca de 20 minutos. O game é um dos mais mais populares da atualidade, e Harry aponta “que ele é criado para viciar, é um vício para te deixar em frente ao computador pelo maior período possível. É muito irresponsável”. 

Ele ainda afirmou que Fortnite pode acabar com famílias. “Esse jogo não deveria ser permitido. Onde está o benefício de tê-lo em sua casa?”. As declarações repercutiram nas redes e dividiram opiniões principalmente no Twitter. Harry ainda se posicionou sobre o uso das redes sociais, que é perigoso contar com elas para que os jovens interajam uns com os outros, já que não existem regras nesses ambientes virtuais.

Via: BBC