No primeiro semestre, o mundo viu o surgimento da Essential, uma nova empresa de hardware comandada por Andy Rubin, executivo que se notabilizou por criar o sistema operacional Android. O primeiro e principal produto da companhia, o Essential Phone, chamou a atenção, mas alguns meses depois está bem claro: o celular não deu certo.
Do ponto de vista da crítica, o celular teve uma recepção mista. As análises elogiavam a construção do aparelho, velocidade e a aposta no Android puro, mas criticavam preço e câmera. Ao que tudo indica, os consumidores se focaram nas últimas características, forçando a empresa a anunciar uma redução drástica no preço sugerido, que caiu de US$ 700 para US$ 500.
O problema da Essential é tentar entrar em um mercado que está bastante amadurecido e dividido praticamente por apenas duas empresas: Apple e Samsung. Todas as outras marcas disputam migalhas, e a maioria toma prejuízo com sua divisão de smartphones.
Com o corte de preço, a empresa espera compensar a falta de uma marca tão poderosa com um custo-benefício matador. Afinal de contas, o celular tem especificações similares às de um Galaxy S8, mas agora custa US$ 300 menos. A ideia é tentar ganhar mais espaço e reconhecimento, mesmo com uma margem de lucro menor ou inexistente, como aponta o TechCrunch.
Aqueles que compraram o aparelho pelo preço total poderão entrar em contato com a empresa para receber US$ 200 em crédito para comprar módulos compatíveis com o Essential Phone ou na compra de outro celular da marca. No entanto, não são muitos os usuários que devem ser afetados; o aplicativo de câmera da empresa tem entre 10 mil e 50 mil instalações no Google Play, então é possível afirmar que o número de vendas não é muito maior do que 50 mil.