A Motorola anunciou hoje o Moto Z2 Play, um aparelho “intermediário premium”, com características que não são as de um top de linha, mas também ficam acima das de aparelhos como o Moto G5 Plus. O Olhar Digital já conseguiu mexer um pouco no aparelho, e nossas primeiras impressões dele foram bastante positivas.
Em termos de design, o dispositivo impressiona. Ele tem basicamente tudo que se poderia esperar até mesmo de um celular mais caro: espessura bem pequena, tela AMOLED ampla e brilhante, sensor biométrico na parte frontal, botões bem localizados e saída para fone de ouvido. As três cores nas quais a empresa o apresentou são bem bonitas, e no geral o smartphone tem um aspecto muito agradável.
Usabilidade
Quando você começa a usar o aparelho, esse aspecto se mantém. A combinação do Snapdragon 626 com 4 GB de RAM faz com que a maioria dos programas sejam abertos rapidamente, mesmo quando já há vários outros aplicativos em execução.
As poucas modificações que a Motorola fez ao Android são bem interessantes: a Moto Screen permite que você veja as notificações sem precisar ligar a tela, e os Gestos permitem, por exemplo, que você ative a câmera do celular movendo a mão. Isso faz com que o uso geral do aparelho seja rápido e conveniente.
Câmera
Por sua vez, a câmera traseira também pareceu bem competente. A quantidade de megapixels foi reduzida de 16 para 12, mas isso não deve ser problema – afinal, a câmera do Google Pixel, que é considerada a melhor do mercado, também tem 12 MP. Segundo a empresa, cada pixel consegue absorver mais luz, e a câmera realmente parece desempenhar melhor em ambientes mais escuros que a do seu antecessor.
A câmera de selfie, de 5 MP, dá essa mesma sensação. Nossa primeira impressão das câmeras é que, embora elas não cheguem a impressionar como as dos tops de linha atuais, elas também não deixam muito a desejar.
Snaps
Também tivemos a oportunidade de conferir alguns dos Snaps, e continua a ser impressionante a facilidade com que eles se acoplam ao dispositivo. Quando você encaixa o projetor, por exemplo, vê um breve tutorial com quatro mensagens e pronto, já pode usar o novo recurso. O de bateria é ainda mais simples, e sua nova versão, mais fina, é muito legal: ela deve ser capaz de dobrar a duração da bateria do Moto Z2 Play e, mesmo com ela, o aparelho não fica grosso demais. Trata-se de um acessório muito conveniente.
O aparelho tem menos de 6 milímetros de espessura sem os Snaps, o que faz dele muito fino. Essa finura é possível graças a um sacrifício no tamanho da bateria, que, com 3.000 mAh, é menor que a do Moto Z Play e não deve durar dois dias inteiros. Embora a gente ainda não tenha tido a oportunidade de avaliar a duração da bateria, no papel pelo menos ela parece bem adequada.
Conclusão
Todos esses recursos vêm em um aparelho com preço sugerido de R$ 2.000, o que não é pouco. Por outro lado, o preço parece adequado: ele entrega mais recursos do que dispositivos mais baratos, como o G5 Plus ou a linha A, da Samsung. E se por um lado ele não chega a ser um aparelho premium, como o Galaxy S8 ou o LG G6, por outro, ele custa metade do preço deles, oferecendo ainda muitos recursos e desempenho confiável.
Além disso, o Moto Z2 Play é compatível com os Moto Snaps, o que pode ser um diferencial para alguns compradores. Por R$ 200 a mais, é possível adquirir também o Snap de alto-falante ou o de bateria, e, embora o preço seja um pouco salgado, a conveniência e facilidade de uso dos aparelhos até que justifica o investimento. No final das contas, o Moto Z2 Play não é um aparelho barato, mas pode ser um ótimo investimento para quem estiver procurando um smartphone muito bom que vai continuar a funcionar bem por mais uns dois anos, pelo menos.