Em um evento realizado para jornalistas de todo o país nesta terça-feira, 7, no Rio de Janeiro, a LG apresentou a nova geração da sua popular Série K de smartphones. São três novas versões do intermediário K10 e dois novos modelos de entrada, K8 e K4, saindo a partir de R$ 700 – saiba mais sobre eles aqui.

No evento, o Olhar Digital teve a chance de experimentar algumas das novidades no K10. A versão que usamos é o chamado “novo K10” – não é o K10 Pro e nem o K10 Power. Uma análise completa do produto será publicada nos próximos dias, mas aqui você confere as nossas primeiras impressões do celular.

Como a maioria dos smartphones da LG, o K10 acerta no design. É um celular muito bonito – simples, sem extravagâncias, mas ao mesmo tempo sem parecer desleixado ou preguiçoso. É difícil, porém, não reconhecer traços do iPhone neste Android, especialmente no visual “corpo único” que faz as partes traseira e frontal se unirem numa curva suave.

É por dentro, porém, que o novo K10 levanta algumas dúvidas. Não é de hoje que a LG aposta em uma customização questionável do Android, com animações um tanto infantis e ícones coloridos demais. É possível mudar os temas do celular para deixá-lo com uma linguagem estética mais agradável, mas, por padrão, o visual não é muito bonito.

Pouco podemos dizer a respeito do desempenho do celular. Nessas poucas horas com ele, o que vimos é um smartphone de desempenho razoável, sem engasgos ou travamentos nítidos. Mas apenas uma análise mais prolongada, com direito a testes de estresse e bateria, pode garantir que a performance é ralmente satisfatória como parece ser.

O que nós certamente pudemos atestar nesses testes preliminares é que o novo K10 tem um bom par de câmeras. Não parece ser o melhor do mercado, tampouco o melhor nessa faixa de preço, mas não deixa a desejar. Em ambientes com muita luz natural, os sensores destacam bem os contrastes, fazendo com que as texturas e contornos saltem com mais vida para a tela.

Não se pode dizer o mesmo do balanço de branco, que faz com que um fundo muito claro pareça um borrão sem cor quando o objeto mais próximo da câmera é escuro. De qualquer forma, é difícil esperar uma performance muito melhor de um smartphone nessa categoria – ainda que, por esse preço, alguns rivais se saiam melhor.

A câmera frontal, porém, vem com uma lente grande angular capaz de captar uma área maior do que lentes tradicionais. Por sua vez, o software aplica um efeito de “falsa GoPro” que deixa as fotos com uma curva ao redor das bordas bem interessante. É possível desativar esse efeito no app de câmera para quem prefere fotos mais naturais.

Se tudo isso vale R$ 1.199 – o preço inicial sugerido pela LG? Novamente, apenas uma análise mais aprofundada pode garantir. O que se pode concluir dessas primeiras impressões é que a LG aprendeu com erros passados e está disposta e bater de frente com líderes nessa categoria, como o Galaxy J, da Samsung, e o Moto G, da Motorola. Só não está claro se o novo K10 está preparado para esse embate.