A Samsung deu início ao seu ano de 2016 no Brasil com o lançamento de dois novos modelos da linha Galaxy A: o A5 e o A7. Tivemos a chance de experimentar os smartphones no evento realizado pela empresa nesta quinta-feira, 28, e contamos para você nossas primeiras impressões.

O que mais chama a atenção, logo de cara, é o cuidado da Samsung com o design dos aparelhos. Em relação às versões do ano passado, os novos Galaxy A5 e A7 são bem mais sofisticados, com sua traseira de vidro Gorila Glass 4 e as bordas de metal. O tamanho da tela (5,2 polegadas no A5 e 5,5 no A7) mostra o conservadorismo da empresa com relação às tendências do mercado, sem apostar em nada muito extravagante.

Embora a traseira de vidro dê um toque “premium” ao aparelho, as marcas de dedo que invariavelmente vão se multiplicar com o tempo de uso podem incomodar alguns usuários mais obcecados com limpeza. Principalmente porque não é fácil segurar o A7 com apenas uma mão, graças às suas medidas e o peso – não tão leve quanto outros do mercado.

Nesses testes preliminares, porém, a câmera se sobressaiu. O sensor de 13MP, função panorâmica e abertura de f/1.9 registrou imagens com qualidade, nitidez e resolução de alto nível, tanto em ambientes claros quanto escuros. O problema, porém, foi nos momentos de transição: a câmera leva tempo para ajustar foco e exposição quando a imagem muda rapidamente de iluminação ou de proximidade com o objeto a ser fotografado.

Isso pode atrapalhar caso o usuário precise registrar uma foto rápida, mesmo que a Samsung tenha inserido no aparelho um sistema de início instantâneo, em que basta pressionar o botão de início duas vezes para sacar o aplicativo de câmera. O que de fato funciona, porém, é o sensor de impressão digital, presente em outros smartphones da Samsung, e que pode ser configurado rapidamente e com precisão.

Em questão de performance, ambos os modelos vêm com um processador octa-core de 1,6 GHz, embora o A5 traga 2GB de RAM e o A7 venha com 3GB. Executando mais de um aplicativo ao mesmo tempo, os dois aparelhos não demonstraram lentidão ou qualquer travamento, mas é difícil cravar uma avaliação completa sem experimentar alguns programas mais pesados, como o Facebook, por exemplo.

Conclusão

A impressão que fica é que os aparelhos cumprem o que prometem e se mostram competitivos no mercado. O grande problema – e não poderia ser diferente – é o preço. A Samsung culpa a alta do dólar e o fim da Lei do Bem para lançar os aparelhos na faixa dos R$ 2.200 a R$ 2.500, mas é possível encontrar smartphones ainda mais potentes por um preço menor ou equivalente.

Fica difícil de entender a que categoria os novos Galaxy A pertencem, já que não possuem todas as características de um top de linha como o S6 e nem o preço de um On7 ou Galaxy J, por exemplo. A Samsung parece ter feito um grande esforço para levar ao consumidor intermediário uma experiência de maior nível, mas o preço não condiz com as intenções. Até porque a mesma linha, nas versões do ano passado, saiu por quase R$ 1 mil a menos.

É fácil para qualquer empresa colocar a culpa nos impostos ou no dólar para aumentar os preços, mas quando vemos uma Lenovo lançar um aparelho semelhante por bem menos (o Vibe A7010) ou a própria Samsung já ter no mercado um Galaxy S6 que, com sorte, pode ser comprado por um valor menor, sobram as suspeitas. Aguarde um review completo e mais detalhado dos dois aparelhos em breve aqui no Olhar Digital.