De acordo com os resultados do terceiro trimestre da Xiaomi, a receita de negócios de smartphones caiu 7,8% ao ano devido à desaceleração do mercado chinês. O cenário atual da gigante da tecnologia fez com que o cofundador Lei Jun deixasse a presidência da empresa na China na semana passada, cargo que assumiu em maio. Além dele, houve alteração em outros sete cargos de liderança da companhia.
O ex-presidente foi sucedido por Lu Weibing, até então vice-presidente da companhia e chefe da marca Redmi. Por meio de uma carta, Jun comunicou seu desligamento da função. “O próximo ano será um ano ofensivo para os negócios 5G da Xiaomi, e também será um ano chave para a empresa promover o telefone celular + AIoT. Precisamos de um suporte para gerenciamento de grupo mais poderoso. É necessário continuar a vitalidade da inovação organizacional trazida pelo mecanismo de rotação do quadro”, afirmou.
De acordo com um relatório da empresa de análise Canalys, a participação de mercado da Xiaomi caiu para 9%, ante 13,1% no mesmo período do ano passado. Além disso, a chinesa registrou um crescimento de apenas 5,5% ao ano, que é considerado o mais lento desde a listagem da companhia em julho de 2018 na bolsa de Hong Kong.
Wang Xiang, que desempenhava a função de comandar negócios internacionais, agora será o presidente da Xiaomi. Entre as outras mudanças nos cargos de liderança, o ex-presidente Lin Bin foi promovido a vice-presidente do conselho, enquanto o ex-diretor financeiro Shou Zi Chew lidera agora os negócios exteriores da empresa.
Assim como Lei Jun, o cofundador Li Wanqiang, que costumava ser o responsável pela estratégia de marketing e marca da Xiaomi, renunciou ao cargo. Já Qi Yan, então vice-presidente sênior, se aposentou. Ambos desempenharão papéis de consultores executivos.
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