Presa no Canadá, futuro da diretora da Huawei será decidido em audiência nesta terça-feira

Redação11/12/2018 12h11, atualizada em 11/12/2018 12h21

20181206104220

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O juiz William Ehrcke, do Tribunal Supremo da província da Colúmbia Britânica, no Canadá, fará hoje (11) mais uma audiência para decidir o futuro da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, 46 anos, detida pelas autoridades canadenses a pedido dos Estados Unidos no dia 1º de dezembro em Vancouver quando seguia para o México.

Meng Wanzhou foi detida pelas autoridades canadenses a pedido dos norte-americanos por supostamente violar as sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Irã. A prisão causou mal-estar entre China e Estados Unidos e há temores de impactos sobre as negociações comerciais entre ambos.

A defesa de Wanzhou pede a concessão de liberdade sob fiança enquanto a Justiça decida também se ela será extraditada para os Estados Unidos.

Meng Wanzhou é acusada pelas autoridades americanas de fraude por violar as sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Irã. A executiva chinesa, que é filha do fundador da Huawei, negou a acusação.

A promotoria canadense solicitou a Ehrcke que mantenha Meng na prisão até que os tribunais decidam se a diretora da Huawei será extraditada aos Estados Unidos, um processo que pode durar um ano.

Por sua parte, o advogado do Estado declarou que prefere que Meng seja encaminhada para prisão domiciliar.

Ehrcke decidiu adiar sua decisão sobre a liberdade sob fiança de Meng diante das dúvidas colocadas pela promotoria e o advogado do Estado sobre a legalidade de que seja o marido de Meng, um cidadão chinês sem residência no Canadá, quem garanta a fiança a pagar.

Executiva da Huawei presa no Canadá pode pegar até 30 anos de prisão por fraude

Os detalhes da prisão começaram a surgir na última sexta-feira (07/12), durante o julgamento da fiança da executiva. Caso ela seja julgada e condenada, pode pegar até 30 anos de prisão.

O grande problema gira em torno de uma subsidiária da Huawei chamada SkyCom, que possui sede em Hong Kong. Essa empresa é acusada de fazer negócios com o Irã durante 2009 e 2014, violando as sanções impostas contra o país pelos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a Huawei trabalhava com instituições financeiras dos EUA; na visão das autoridades americanas, ao fazer isso a empresa fraudou as instituições bancárias do país. Meng Wanzhou era parte do conselho da SkyCom.

Nos últimos tempos, o governo dos EUA tem liderado uma campanha contra a Huawei. No começo de 2018, a empresa foi barrada ao tentar vender seus smartphones por lá. Mais recentemente, os norte-americanos tentaram convencer aliados a não utilizar equipamentos da empresa chinesa.

Os EUA acreditam que a Huawei tem ligações próximas ao governo da China e que pode estar vazando informações sigilosas de outros países para Pequim. O estado chinês nega que esteja espionando o Ocidente através da Huawei, e a empresa nega que esteja vazando informações ao governo da China.

Fonte: Agência Brasil

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital