Ninguém acerta sempre. Na indústria de tecnologia, isso também é verdade. Algumas falhas são mais discretas, outras nem tanto. Continuando com o nosso prêmio Olhar Digital para celulares, vamos relembrar especialmente aqueles que falharam de forma espetacular.

Sim, vacilos também merecem destaque. Afinal de contas, eles servem para entendermos os rumos do mercado, o que as empresas estão fazendo e para onde elas levarão seus produtos nos próximos lançamentos.

Novamente, as regras de sempre: o aparelho precisa ter chegado ao Brasil, e o Olhar Digital precisa ter testado o celular ao longo do ano, uma vez que não podemos emitir opinião sobre algo que não testamos.

Isso dito, conheça os vencedores:

3º LG G5 SE: o aparelho da LG tem pontos muito positivos e chegou a ser nomeado como um dos melhores intermediários do ano, mas eles não apagam alguns erros graves da empresa no seu lançamento. A versão que chegou por aqui recebeu um processador inferior e menos memória RAM, mas ainda assim o celular foi vendido com preço de top de linha, para competir com os melhores do mercado. Não é surpresa que, antes do fim do ano, seu valor já tenha sido reduzido pela metade. Os módulos também não vingaram; apesar da ideia inovadora, a execução não foi muito boa, e a Motorola se saiu muito melhor, embora em ambos os casos os acessórios sejam muito caros.

2º iPhone 7 e Moto Z: os dois celulares estão empatados porque ambos tomaram a mesma decisão anticonsumidor. Retirar a entrada de fones de 3,5 milímetros traz pouco ou nenhum benefício ao usuário, e só o força a se adaptar a novas inconveniências. A Motorola ainda se sai um pouco pior neste quesito, porque nem ao menos fornece os fones compatíveis com a entrada USB-C de seu aparelho, cometendo a afronta de oferecer um fone de 3,5 mm com seu celular; a Apple pelo menos vende o iPhone 7 já com o fone Lightning.

E o vencedor (?) é o…

Reprodução

Galaxy Note 7

Você já sabia, né? O nome do troféu poderia, inclusive, ser “Prêmio Galaxy Note 7” nas futuras edições desta premiação, porque é difícil algum produto alcançar este nível de desastre novamente. Não foi só a combustão espontânea do celular mesmo após o primeiro recall, mas até Barack Obama fez piada com o Note 7.

O aparelho também virou arma dentro de GTA 5 graças a modders piadistas. O estrago foi tão grande que a Samsung sofreu bilhões de dólares em prejuízo, e o phablet passou a ser proibido de ser portado dentro de aviões em vários países, inclusive no Brasil. Um exemplo recente: um voo quase foi desviado por causa de um hotspot Wi-Fi chamado “Galaxy Note 7”.

O Galaxy Note 7 tinha o preço anunciado de R$ 4.400, e inclusive o Olhar Digital havia até mesmo recebido uma unidade para testes. Infelizmente ela foi removida de nossas mãos às pressas por causa do recall.