Prédio com pernas robóticas ‘caminha’ por 60 metros na China

Edifício construído em 1935 dará lugar a um novo centro comercial em Xangai, mas as autoridades não queriam derrubá-lo
Vinicius Szafran23/10/2020 22h45, atualizada em 23/10/2020 23h23

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Um prédio antigo de Xangai, na China, foi completamente transportado para outro ponto da cidade. Com pernas robóticas instaladas na base do edifício, os trabalhadores foram capazes de movê-lo por 60 metros, para abrir espaço para a construção de um novo centro comercial na cidade. O processo aconteceu entre setembro e outubro, e foi concluído em 18 dias.

O prédio foi construído em 1935, e abrigava uma escola primária. Para evitar a demolição de uma estrutura tão antiga na cidade, as autoridades locais decidiram movê-lo apenas um pouco, mas o suficiente para dar espaço ao moderno centro comercial, que deve ficar pronto em 2023.

Apesar de incomum, mudar a localização de um prédio é possível (e difícil). De acordo com informações da imprensa chinesa, transportes de edificações geralmente são feitos com enormes trilhos. No entanto, a arquitetura irregular do edifício provou ser um grande desafio de engenharia, porque o uso dos trilhos poderia comprometer sua estrutura. Por isso, os engenheiros decidiram usar 200 pernas robóticas e aplicar uma técnica semelhante a uma caminhada. Veja como foi:

Agora em seu novo endereço, a escola primária passará por uma renovação. Segundo Li Jianfeng, gerente geral do Pacific Xiantidi Business Centre, o prédio será transformado em um edifício moderno e inovador, capaz de abrigar novos alunos e manter a qualidade do ensino nos dias atuais, mas sem perder suas raízes históricas.

Empresas chinesas estão preocupadas com a venda da ARM para a Nvidia

Empresas chinesas de tecnologia, entre elas a Huawei, expressaram preocupação com a venda da inglesa ARM Holdings para a Nvidia, um negócio avaliado em US$ 40 bilhões e anunciado em meados de setembro.

Segundo a Bloomberg, elas estão pressionando a “State Administration for Market Regulation” (SAMR – Administração Estatal para Regulamentação do Mercado), órgão chinês que regula concorrência, propriedade intelectual e fiscaliza monopólios, para que condicione a aprovação da venda a garantias de que continuarão tendo acesso à tecnologia da empresa, ou então que rejeite a venda como um todo.

Com a transação, a ARM Holdings, que é baseada em Cambridge, no Reino Unido, fica sob jurisdição do governo dos EUA. As empresas chinesas temem que com isso elas possam ser impedidas de usar a tecnologia da empresa, o que seria devastador para o mercado chinês.

Via: G1

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital