Um pote de manteiga foi suficiente para causar uma grande confusão entre robôs usados pela Amazon em uma de suas centrais de distribuição. A história foi contada, sem muitos detalhes sobre o “onde” e o “quando”, pelo chefe de tecnologia da Amazon Robotics, Tye Brady, em uma palestra ministrada por ele na conferência EmTech Next, do MIT Technology Review.

De acordo com Brady, um pote de manteiga para pipoca caiu de uma prateleira e espalhou o produto pelo chão. Os robôs não sabiam muito bem o que fazer, mas foram checar o que tinha acontecido, como instruído em seus sistemas. Porém, chegando ao local, eles simplesmente passavam por cima e escorregavam, gerando um código de erro.

A história foi usada pelo executivo para destacar a importância que a mão de obra humana desempenha na empresa, mesmo nos setores mais automatizados. Segundo ele, mesmo com 100 mil robôs espalhados por suas centrais de distribuição, as pessoas ainda têm habilidades essenciais para a logística dessas áreas, sendo mais adaptáveis e contando com o bom senso.

A realidade, no entanto, não é bem essa, ao menos no setor de varejo. Ainda que o número de funcionários da Amazon só tenha crescido de alguns anos para cá – são mais de 500 mil contratados pela empresa hoje –, a influência da empresa faz varejistas concorrentes demitirem cada vez mais. As redes Staples, Office Depot e Best Buy, por exemplo, cortaram 50 mil vagas nos últimos anos, segundo reportagem do New York Post.

Esses empregos não devem parar de sumir, visto que até os caixas estão se automatizando. Uma análise do site MarketWatch prevê, inclusive, que a automação de tudo deve fazer com que 1,5 milhão de empregos no varejo desapareçam até 2020.