Uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia, publicada recentemente na revista Proceedings, revelou algo que impactará as práticas de medicina, tecnologia, direção e esportes, entre outros campos em que a localização visual precisa é crítica.
Cientistas descobriram que a nossa capacidade de identificar a localização exata e o tamanho das coisas varia não só de uma pessoa para outra como até mesmo dentro do nosso próprio campo visual.
“Assumimos que nossa percepção é um reflexo perfeito do mundo físico ao nosso redor, mas este estudo mostra que cada um de nós tem uma impressão visual única”, disse a principal autora do estudo, Zixuan Wang.
Estudo mostra que cada um de nós tem uma percepção visual única. Foto: Reprodução
Para melhor exemplificar, Wang cita o caso de um motorista que faz um pequeno erro de cálculo sobre a localização de um pedestre que atravessa a rua, o que pode causar um acidente. Outro exemplo, nos esportes, quando um erro de julgamento visual pode levar à controvérsia ou até mesmo à derrota em um campeonato.
Método de análise
Os pesquisadores procuraram entender se pessoas diferentes veem objetos ao seu redor exatamente da mesma maneira.
Na primeira tarefa de testar a localização visual, os participantes do estudo identificaram na tela do computador a localização de um alvo circular. Em outro experimento, analisando variações perceptivas dentro do campo de visão de cada pessoa, visualizaram duas linhas distantes a uma distância mínima e determinaram se uma linha estava localizada no sentido horário ou anti-horário da outra linha.
Já em um experimento que mediu a percepção do tamanho, os participantes visualizaram uma série de arcos de comprimentos variados e tiveram que estimar seus tamanhos. Surpreendentemente, as pessoas perceberam exatamente os mesmos arcos maiores em alguns locais do campo visual e menores em outros locais.
Resultados
No geral, os resultados mostraram variações notáveis no desempenho visual entre o grupo e até dentro do campo de visão de cada indivíduo. Os dados foram mapeados para mostrar a impressão visual exclusiva de cada participante do estudo sobre distorção perceptiva.
“Embora nosso estudo possa sugerir que a fonte de nossas deficiências visuais possa se originar em nosso cérebro, novas investigações são necessárias para descobrir a base neural”, disse Wang, acrescentando que também é importante “como nos adaptamos a elas e compensamos nossos erros”.
Via: MedicalXpress