Imagine morar em uma cidade com diversos pontos de conexão Wi-Fi gratuitos e espalhados pelas ruas e avenidas. O que parece algo excelente, não está sendo tão bem visto em Nova York, nos Estados Unidos. Ativistas de campanhas a favor liberdade civil estão assustados com a quantidade de dados que os mecanismos de conexão podem estar coletando dos usuários.

De acordo com o Huffington Post, os ativistas da New York Civil Liberties Union (NYCLU) escreveram uma carta ao prefeito da cidade, Bill de Blasio, questionando-o sobre uma possível coleta de dados pessoais dos internautas que poderão ser roubados por hackers ou usados por autoridades sem a devida autorização de cada pessoa.

Intitulado de LinkNYC, o projeto planeja a construção de 7.500 a 10 mil estruturas em que serão montados mecanismos para oferecer conexões Wi-Fi rápidas e gratuitas para quem estiver próximo.

De acordo com um funcionário da organização que busca respostas, os esclarecimentos precisam ser feitos para que os nova-iorquinos não precisem sacrificar seus direitos à privacidade e à liberdade para ficarem online. “O acesso à internet não é uma escolha, mas sim uma necessidade do mundo moderno”, disse.

Preocupada com as insinuações de vigilância, a prefeitura da cidade disse por meio de um porta-voz que o sistema conta com proteções às informações de cada usuário.

Já o gerente geral do LinkNYC, Jen Hensley, afirmou que a empresa jamais iria vender os dados pessoais dos usuários. Já sobre os pedidos que podem ser feitos por órgãos judiciais, o executivo lembrou que seria preciso mandatos legais para que a empresa cedesse os dados e assegurou que “quem tiver informações divulgadas será comunicado imediatamente”.