PF prende responsáveis por empresa que investia em criptomoedas

A empresa está sendo acusada de trabalhar no sistema de pirâmide, além de não ter autorização do Banco Central para captar recursos de terceiros para o investimento
Luiz Nogueira21/05/2019 16h20, atualizada em 21/05/2019 19h05

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Uma operação foi realizada, na manhã desta terça-feira (21), pela Polícia Federal e pela Receita Federal contra a empresa Indeal, acusada de arrecadar R$700 milhões em menos de um ano e usar esse dinheiro para investimento no mercado de criptomoedas.

A empresa, localizada em Novo Hamburgo, está sendo investigada desde janeiro de 2019 e é acusada de captar recursos de terceiros sem a autorização dos órgãos competentes, como o Banco Central. A empresa assumia um compromisso de retorno de 15% no primeiro mês de aplicação de seus usuários, essa era uma tática para fazer com que os usuários investissem cada vez mais.

Conforme levantamento feito, uma das contas da empresa recebeu mais de R$700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019. Além dos crimes de operação de instituição financeira sem autorização, apropriação indébita financeira, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o processo ainda apura o envolvimento de pessoas que tentaram obter informações sobre a investigação e foram descobertas.

Ainda não se sabe quantas pessoas foram lesadas pelo esquema, mas a polícia acredita que foram centenas. Como forma de minimizar o prejuízo, carros de luxo foram apreendidos nas residências onde a operação foi realizada. A operação recebeu o nome de Egypto pela similaridade com a palavra criptomoeda e pelo fato de as práticas da empresa estarem sendo classificadas como o sistema de pirâmide.


Via: Portal do Bitcoin

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital