Polícia de NY usa software com inteligência artificial para investigar crimes

Patternizr foi desenvolvido internamente no Departamento e pesquisa por padrões de delitos anteriores para ajudar os detetives na busca de resoluções
Redação11/03/2019 23h01, atualizada em 12/03/2019 00h30

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O Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) tem um novo reforço tecnológico na resolução de delitos. De acordo com uma reportagem do Washington Post, o órgão está usando um sistema de software desenvolvido internamente, chamado de Patternizr. Com inteligência artificial, ele permite que os policiais pesquisem “centenas de milhares” de arquivos de casos para procurar por padrões ou crimes semelhantes.

Em uma demonstração, os oficiais aplicam o sistema para conectar dois delitos, em que um mesmo homem usa uma seringa para roubar uma broca em dois estabelecimentos da Home Depot na cidade. Rebecca Shutt, a analista criminal que solucionou o caso, explica ao Post que o sistema “trouxe de volta reclamações de outros distritos que eu não conhecia”. Anteriormente, eles teriam que passar por arquivos físicos para ter essas informações.

O sistema não ousa prever onde e quando os crimes vão ocorrer, nem tem a intenção de usar IA para analisar imagens de circuitos internos de televisão (CCTV). Sua função é pesquisar por padrões nos bancos de dados do NYPD, proporcionando um conjunto muito maior de informações aos detetives no decorrer de uma investigação. O software pode ajudar a trazer fontes adicionais de pistas, facilitando a visualização de semelhanças entre delitos em diversas localidades.

De acordo com o comissário assistente de análise de dados do NYPD, Evan Levine, e o ex-diretor de análises, Alex Chohlas-Wood, o Departamento passou dois anos desenvolvendo o software. Eles afirmam ao Post que reuniram dez anos de padrões previamente identificados para treinar o sistema e, em testes, “recriaram, com precisão, antigos padrões criminais em um terço das tentativas e retornaram partes de padrões em 80% delas”. O NYPD é pioneiro na utilização do sistema nos Estados Unidos.

Segundo o Post, o sistema não leva em conta a cor de um suspeito no decorrer de sua busca, como precaução contra tendências racistas. O resultado parece ser aquele que ajuda a reduzir parte do trabalho necessário para os investigadores, automatizando parcialmente um processo que era realizado, até então, manualmente.

Fonte: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital