O Presidente da CPI das Fake News no Congresso, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA), em entrevista à Folha de S. Paulo afirmou que as plataformas de mensagem terão que colaborar com as investigações a respeito de ataques cibernéticos e disparo ilegal de mensagens nas eleições de 2018. “Se as plataformas não contribuírem para que a gente puna esses criminosos que se travestem atrás de um perfil falso para depreciar pessoas, então essa plataforma não pode ficar no Brasil”, afirmou.
A CPI, instalada em 4 de setembro, tem por intuito investigar ataques cibernéticos “que atentam contra a democracia e o debate público”, perfis falsos para influenciar nas eleições de 2018, cyberbullying e orientação de crianças sobre crimes de ódio e suicídio. Ela é formada por 16 senadores titulares e 16 deputados federais titulares, além do mesmo número de suplentes e, entre os seus membros estão dois filhos do presidente Jair Bolsonaro: o senador Flávio (PSL-RJ) e seu suplente, Eduardo (PSL-RJ).
Durante entrevista à Folha, o Coronel deixou claro o objetivo da CPI: “nós vamos chegar (à origem). Porque não existe robô sem um humano estar por trás, patrocinando”. O Presidente da Comissão também declarou que está sofrendo com ameaças e intimidações, que o levaram a contratar seguranças particulares. Ele acredita que quem está por trás das agressões são pessoas que temem ser descobertas com a CPI, “Eu estou naturalmente mexendo em algum vespeiro”.
Apesar das ameaças, o senador afirma que busca fazer um trabalho imparcial, sem “matriz partidária” para combater a criminalidade digital e fazer um trabalho efetivo com a CPI.